domingo, 9 de janeiro de 2011

"Sair do PT, só em situação extrema!", diz João Paulo


Da Folha de Pernambuco

Isolado politicamente dentro do seu próprio partido, o deputado federal eleito João Paulo (PT) afirmou que só abandona a legenda no caso de surgir “uma situação extrema”. O petista, contudo, não soube detalhar o que caracterizaria este quadro. O debate surgiu quando o tema 2012 entrou em pauta. Com o nome ventilado com força nos bastidores para pleitear a Prefeitura do Recife, o ex-prefeito desconversa quanto à possibilidade de voltar ao cargo no qual esteve à frente durante dois mandatos (2001-2004 e 2005-2008), colocando que o prefeito João da Costa (PT) tem a preferência da sigla. Evitando se prolongar sobre o tema, o petista ainda deixou escapar uma frase em tom de brincadeira e provocação: “Começamos 2011 ainda e a vida não para. Dizem que, no próximo ano, o mundo vai acabar. Eu acho que vai acabar só para algumas pessoas”, alfinetou, durante entrevista à Rádio Folha FM 96,7, ontem.

Após a entrevista, o parlamentar não resistiu ao comentar o apoio que recebe nas ruas. “Recebo muitos depoimentos de pessoas de todas as áreas querendo que eu volte. Fico feliz porque é um reconhecimento do nosso trabalho”, enalteceu. Em relação ao desejo de retornar à Prefeitura, João Paulo adotou tom poético e citou o guru indiano Maharishi Mahesh Yogi, morto em 2008: “O verdadeiro sentido da vida é a realização dos desejos, mas temos que meditar para realizar os desejos”.

Questionado sobre o atraso nas obras iniciadas na sua gestão e repassadas para a administração de João da Costa, o deputado eleito desviou do tema de forma categórica. “Eu não posso falar do cronograma de outra gestão”, afirmou. No entanto, ressaltou que sua administração avançou em benfeitorias como o Parque Dona Lindu. “Meu desejo era ter concluído o parque e com dificuldades consegui completar a primeira etapa. Deixei a segunda etapa com todos os recursos em caixa para que a obra fosse concluída, mas depois disso não falo mais da obra porque está nas mãos de outra gestão”, garantiu.

Definindo-se como um “revolucionário”, João Paulo comentou a composição da equipe estadual e municipal estabelecendo uma comparação entre a função de um gestor com um maestro. “O governante deve conduzir a orquestra, ele pode não ter os melhores músicos, mas, se conduzir bem a sua equipe, irá manter a sonoridade. Eduardo Campos soube cumprir bem esse papel”, comparou, sem estender a avaliação positiva à equipe de João da Costa.

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