quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Canetadas on line - Por Jurandir Carmelo (*)

A PRE-CAMPANHA DE PREFEITOS E VEREADORES DE 2012 JÁ COMEÇOU. É BOM LEMBRAR QUE QUEM É COXO PARTE CEDO. RECADO ÀS OPOSIÇÕES DE PESQUEIRA.
Pergunta-me um oposicionista: “Como vamos enfrentar as eleições de 2012?” Ao que respondi: QUEM É COXO, PARTE CEDO!

Esse alerta, evidente, é para as oposições de Pesqueira. Explico: As oposições de Pesqueira não se unem e não acredito que irão se unir para 2012. Há sempre um caminho divergente, com um agravante: não temos segundo turno. Portanto, é tudo ou nada. E no tudo ou nada sempre perdemos as eleições.

Os resultados das últimas eleições têm demonstrado que as oposições de Pesqueira se dividem e perdem. Somam mais voto, mas perdem. E perder tem sido a tônica maior das oposições de Pesqueira. Até quando ninguém sabe. Ou sabe? Acho que sabe!

Porém, existem pessoas e/ou grupos oposicionistas que sempre dividem o todo em razões de várias questões, dentre as quais: pirraça, pura pirraça, que remete às raivas, às iras, aos traumas; forjados interesses pessoais e/ou de grupos, que remetem aos descaminhos; negociatas para obter vantagens futuras; falta de compromisso com os partidos e com os seus programas, ideologias; necessidade de “sobrevivência” em razão de ameaças de perseguição, enfim, medo de enfrentar situações, subordinando-se aos mandos dos déspotas de plantão.

Aqui em Pesqueira a política dos Senhores absolutos e arbitrários, também, tiranos, manda e desmanda. O poder do convencimento tem sido a vil moeda das negociatas políticas, sempre no caminhar do ano eleitoral, escancarando as portas dos cofres da prefeitura. Muitas vezes a oposição parte junta, unida e se esfacela mais na frente, com nomes que não nos surpreende, mas que vivem infiltrados no palanque das oposições para destruir a sua unidade. Tem sido assim, não precisamos fulanizar o debate. A história tem demonstrado e revelado os nomes.

Em oportuno momento, o jornalista William Porto, em seu blog “COMBATE POPULAR”, postou a seguinte nota: “SUCESSÃO MUNICIPAL > Quem quer ser candidato a prefeito tem que começar a botar a candidatura na rua. Se não fizer isso é melhor desistir. Se ficar dentro de casa com medo de levar pingo de chuva tá liquidado. A campanha de 2012 já começou. E priu!”
Concordo plenamente com William Porto, daí a expressão de “QUEM É COXO, PARTE CEDO”. É que as eleições municipais de 2012 já começam a se embrionar, em movimentos lentos, mas fecundos, dando os seus primeiros passos.

O amigo Márcio do Leite, presidente do PT de Pesqueira, assevera ao comentar a nora de William: “Concordo plenamente com nosso amigo William, quem desejar disputar o próximo pleito em Pesqueira precisa começa andar e ouvir o povo desde já, pois se não o fizer estará fora do páreo porque a rapadura é doce, porém não é mole não, acredito piamente que estamos vivendo outro momento de nossa política. Ter nome ou pertencer a uma família tradicional não é suficiente para sua condução até a prefeitura, se o sujeito realmente não tiver motivação já mais irá conseguir entusiasmar o eleitor, e soldado sem causa e sem entusiasmo é soldado derrotado.

Portanto, amigo, se tem alguém esperando que o andor seja enfeitado para subir nele desista o quanto antes, pois essa prática findou por aqui. O momento é de práticas novas, de contato com o povo, não no estilo porra louco de acompanhamento de enterros; de forma inteligente discutindo problemas nas comunidades, formulando políticas de educação com professores, debatendo saúde com médicos ou estudando investimentos com empresários. (Viva o novo!)”

Também, assiste razão ao presidente petista. O processo de fazer política mudou. E o estilo novo é o de discutir de forma permanente as questões estruturadoras do município. A política mudou e o povo está cobrando. Basta ouvir as rádios, acessar os blogs, ler os jornais que encontraremos as razões dessas mudanças. O povo esta participando, cobrando, denunciando. O povo não será mais enganado, disso tomem nota os que são governo e os que fazem oposição.

O problema das oposições de Pesqueira, além da divisão, além do quebra pau em seus próprios palanques, quando procuram destruir a imagem de seus próprios correligionários, de seus próprios candidatos, não trabalham, não visitam as comunidades, não discutem com o povo o que é melhor para ser construído aqui ou ali. Tem mais: As oposições de Pesqueira sempre se comportou aquém da realidade política do município. Tanto que as vésperas das eleições, faltando quatro ou três meses, arma o palanque e começa o discurso retórico, cansativo, mentiroso muitas das vezes, pois sem discutir com a população os mais efetivos problemas que existem na zona urbana e rural do município, não tem base alguma.

Por outro lado a vaidade de alguns oposicionistas é tão elevada que não lhes permite enxergar que estão no caminho errado, outros mais na contramão da história. Valorosos companheiros debandaram para o lado fácil do “poder”, sem que seus atos justificassem absolutamente nada.
É a velha história: se quem perde uma perna fica coxo, quem perde a cabeça, coxo é. E muitas vezes esquecem até os companheiros, sem se dá conta do ditado popular que circula nas terras cearenses, que diz: “quem anda em terra alheia é o primeiro que apanha e o derradeiro que come”.
As oposições de Pesqueira mais uma vez começam errando. Lições são para aprender! Entretanto, as lições e os erros do passado, para muita gente, nada significam. E esquecem que os erros são enormes lições, pois mostram em cores vivas, quais os caminhos que não se deve mais percorrer. Mas a birra de alguns, até mesmo a burrice, insiste em manter-se altiva e como elemento da moda, está sempre presente.

É hora gente de pensarmos em uma unidade pra valer. Chega de tanto personalíssimo, de tanto gesto hipócrita. A hipocrisia nada mais é do que fingidas virtudes, falsidade de compromisso coletivo. É chegada a hora de repensarmos a forma de fazer oposição. Aqui deve ser lembrado que quem é governo governa, quem perde eleição faz oposição. Oposição deve ser sempre altiva, séria, objetiva, determinante. Não essa oposição que aí está, que fala pelas beiras, pelas calçadas, pelas esquinas, pelos bancos de praça. Oposição não é isso! Oposição é aquela que bem asseverava o saudoso Marcos Freire: SEM MEDO E SEM ÓDIO.

Cadê os partidos políticos de Oposição de Pesqueira? O quem tem feito esses partidos políticos? O que tem feito os seus membros? Nada, absolutamente nada. Não sabem nem mesmo quais são os seus direitos, os seus deveres, os seus compromissos com o povo. É preciso jogar fora esse medo, mas do que o medo, essa covardia. Tanto assim que duvido que qualquer partido de oposição de Pesqueira tenha se reunido para discutir o Relatório da CGU, o qual mostrou tantas e tantas irregularidades na gestão passada, quando o gestor das contas públicas de Pesqueira, o ex-prefeito João Gambiarra, foi enquadrado em diversos crimes praticados contra o erário, inclusive de improbidades administrativa, não sendo diferente com a então gestora da Secretaria de Educação, hoje prefeita de Pesqueira. E João e Maria continuam aí, impunes, sem nenhuma penalidade. Onde estava a Oposição de Pesqueira?

Onde estavam os nossos vereadores? Ah sim, eles têm culpa no cartório! Sim, a culpa da omissão! Como no caso da Usina Biodiesel que merecia uma CPI para aprofundar as denúncias, efetivas e provadas denúncias, incontestáveis denúncias, contidas no relatório da CGU. E aqui deve ser dito que os gestores do mandato passado fizeram, nos autos do citado Relatório, as suas defesas, porém caíram por terra, pois mentiram procurando tapar o sol com uma peneira. Onde estavam os nossos vereadores? Onde estava a nossa oposição? Onde andavam as nossas lideranças?

Fiz várias denúncias aqui em CANETADAS. Entretanto, nem uma só voz dos nossos lideres se fez soar, uma só voz dos nossos partidos se fez ecoar ou ressoar em qualquer quanto, em qualquer lugar. Denunciei o que já havia sido constatado pela ilustres auditores da CGU, inclusive que havia VACINA PARA CRIANÇA VENCIDA NAS PRATELEIRAS DOS POSTOS DE SAÚDE DE PESQUEIRA. No entanto o silêncio das oposições foi universal. Que oposição é essa?

Tive apoio de algumas poucas lideranças, mas ação efetiva nenhuma. Nenhum partido se pronunciou, nenhuma liderança teve a coragem de ir perante o público e contar as verdades sobre as mentiras do ex-prefeito de Pesqueira.

Do ponto de vista político defendi a candidatura do Dr. Evandro Chacon para deputação estadual, não me ouviram. Uns achavam que Ele não tinha chances, disse-lhes que tinha como efetivamente tinha. Faltava apoio, decisão. Mostrei números, mas quando pequeno fala os ouvidos dos grandes nada ouvem. Não quiseram ouvir, não querem ouvir. Não vão ouvir dessa vez? Agora para as eleições de 2012, cujo trajeto já iniciou no despontar de 2011, vão querer ouvir, pelo menos uma só vez? Não sei? Penso que não! Até porque criticamos os “CURURUS DE TROVOADAS”, ou seja, aqueles que de fora só vêm à Pesqueira no ano de eleição, de quatro em quatro anos, como os raios, os trovões e os CURURUS, em plena trovoada, in casu, de votos. É o mesmo caso das oposições de Pesqueira que só aparecem em Pesqueira, três ou quatros meses antes da eleição, já com os palanques armados, tentando dizer ao povo que vão fazer isso ou aquilo. Ora, como acreditar se nada foi feito durante os três anos e meio antecede aquele momento. Enfim, quais as propostas da oposição? Existem? Que projeto as oposições tem para Pesqueira?

De modo que assiste razão ao amigo William Porto, bem assim ao Márcio do Leite, e outros poucos que têm se pronunciado a respeito da matéria. Mas insisto, é necessário se repensar a forma de fazer oposição em Pesqueira. É necessário sair às ruas agora e conversar com o povo, discutir as suas ansiedades, as suas necessidades, para que se possa armar um palanque com os pés nos chão, sem as presenças dos trânsfugas. Trânsfugas são aqueles que em tempo de guerra abandonam a fileira, a causa, a bandeira, a luta que defendem, e passam a fazer parte das fileiras dos inimigos, dos adversários. Trânsfuga é aquele que abandona o seu partido político e se acosta a outros por mesquinhos interesses, seja antes ou depois do embate, da eleição.

E o que mais contraria é que sempre tivemos bons nomes. Como temos bons nomes para abrir a discussão sobre a sucessão de 2012. Entretanto é preciso o consenso para formar uma chapa majoritária e cair em campo. A vez é agora! Não importa se o outro lado, o lado de João e Maria, mesclando a verdade como sempre fez, passou uma chuva embaixo do guarda-chuva do governador Eduardo, pelos seus mesquinhos interesses. Interesses esses que o neto de Arraes já conhece e não compactua com eles, pelo menos é o que penso. Doutra banda não acredito que o Eduardo Campos falte aos seus, aos verdadeiros companheiros, numa hora tão decisiva para Pesqueira e a sua gente, como serão as eleições de 2012. De que lado estará o governador? Com a palavra as oposições de Pesqueira!


(*) Advogado e jornalista em Pesqueira

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