A presidente Dilma Rousseff convocou para esta sexta-feira todos os 37 ministros de seu governo para a primeira reunião do primeiro escalão desde a posse em 1º de janeiro. Em pauta, estavam as orientações gerais para que as pastas revejam os atuais gastos de custeio e se preparem para "cortar na carne" parte dos recursos disponíveis. A cobrança pela contenção de gastos é uma promessa de campanha da presidente e será aplicada em um primeiro momento já em fevereiro, com o tradicional contingenciamento do orçamento geral da União.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, fará no encontro, que começou pouco depois das 14h, uma explanação sobre o cenário macroeconômico e as estratégias adotadas pelo Brasil para suportar a crise financeira mundial de 2009. Apesar de o governo Lula ter tido êxito em aquecer o mercado interno e garantir que a economia brasileira não sucumbisse às turbulências internacionais, a ordem é não permitir que gastos desenfreados no início do governo comprometam as contas públicas.
Também na reunião ministerial, deve ser discutida a criação do Conselho de Gestão e Competitividade - um colegiado instruído a debater políticas voltadas à educação e saúde - e eventuais medidas adicionais para socorrer áreas recém atingidas por desastres naturais, como no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Diante do embate travado entre PT e PMDB desde a confirmação da vitória dilmista nas urnas, a presidente também deve passar o recado a seus subordinados para que as escolhas de titulares de agência reguladoras levem em conta prioritariamente critérios técnicos, e não o simples apadrinhamento político. Durante a campanha presidencial, o tucano José Serra, principal adversário de Dilma, condenou recorrentemente um suposto aparelhamento político das agências reguladoras.
Do Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário