terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Ex-deputado vai a júri popular por acidente de trânsito que matou dois em Curitiba


O ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho, 29, será julgado pelo tribunal do júri pelo acidente de trânsito que provocou a morte de dois jovens em Curitiba, em 2009. Segundo o Ministério Público, autor da denúncia contra o ex-deputado, ele dirigia embriagado e em alta velocidade.

A decisão de levar o ex-deputado a júri foi tomada pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Daniel Surdi Avellar, e deve ser publicada no Diário Oficial até o fim desta semana.

Na mesma sentença, o juiz concedeu ao ex-deputado o direito de recorrer ou de aguardar seu julgamento pelo júri em liberdade. Carli Filho foi denunciado por duplo homicídio com dolo eventual (quando o réu assume o risco de produzir o dano). No acidente, ocorrido em 7 de maio de 2009, o carro do ex-deputado se chocou contra outro veículo, causando as mortes de Gilmar Rafael Yared, 26, e Carlos Murilo de Andrade, 20. O carro das duas vítimas ficou completamente destruído.

De acordo com investigações da polícia, o carro de Carli Filho corria a 167 km/h quando se chocou contra o outro automóvel. Ainda segundo a polícia, o ex-deputado estava com a carteira de habilitação suspensa por exceder o total de pontos permitidos --totalizava 130 pontos, acima dos 20 estabelecidos para que a habilitação seja suspensa.

No acidente, o ex-deputado ficou ferido. Ele passou cerca de um mês internado num hospital de São Paulo. Antes mesmo de receber alta, Carli Filho foi levado ao Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná, mas renunciou antes do julgamento. Em depoimento, o ex-deputado afirmou que não se lembrava de como ocorreu o acidente.

A decisão do juiz também aceitou as acusações de violação da suspensão da habilitação e por direção sob efeito do álcool contra Carli Filho. Caso seja condenado pelo júri, Carli Filho pode pegar de 15 a 17 anos de prisão, segundo o advogado que representa a família de uma das vítimas, Elias Mattar Assad.

O advogado de Carli Filho, Roberto Brzezinski Neto, afirmou que ainda não teve acesso à decisão.

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