quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Lobão não vai dizer nome de juiz que subornou


A Associação dos Magistrados do Rio (Amaerj) anunciou que vai entrar com Ação Penal na Justiça para que Lobão revele o nome do juiz que ele disse ter subornado com US$ 2 mil em garrafas de uísque, como conta notícia do jornal O Globo. O episódio, em que conseguiu se livrar de condenação por porte de maconha, foi revelado na sua autobiografia Lobão: 50 anos a mil, lançada em dezembro, e foi ampliado com a entrevista que deu a uma rádio carioca. O roqueiro já declarou que não pretende revelar o nome do juiz.

O presidente da Amaerj, desembargador Antonio Cesar Siqueira, o ameaça: “[Lobão] Foi muito leviano. Talvez, até pelo uso de droga, pode ter fantasiado e agora acha engraçado. Se ele quer palco, vai ter. Mas na Justiça”.

Durante a entrevista concedida à rádio, Lobão contou ter sido condenado depois de rir do juiz que, durante o julgamento, teria pedido a um policial que o ajudasse a liberar uma sobrinha que estava no aeroporto “cheia de muamba”. Ao falar sobre quanto dinheiro já perdeu para o vício, ele disse que seu advogado na época, Michel Assef, teria dito ser de praxe pagar propina.

“Torrei muito dinheiro, até pagando propina para juiz, mas nunca gastei com droga. Sempre recebi, de ótima qualidade. Mas o juiz do contrabando, segundo meu advogado que herdei do Castor (de Andrade), era de praxe pagar uísque. Paguei US$ 2 mil dólares de uísque 12 anos”, contou Lobão.

Em carta enviada à Amaerj, o advogado Michel Assef desmentiu o cantor: “Infelizmente ninguém está livre de condutas irresponsáveis como a do cantor Lobão, que teceu comentários despropositados e infundados”.

Na época, Lobão ficou três meses preso e, entre 1987 e 1992, respondeu a 132 processos, todos relatados nas 600 páginas do livro, que está entre os mais vendidos.

“Quem está curioso que leia o livro. Estou contando a minha história. Lamento o que está acontecendo, sou um senhor de 53 anos e ainda me tratam como um marginal. Não vou dizer o nome, me dou a esse direito. Sou um cidadão e quero respeito”, pediu Lobão.

Do Consultor Jurídico

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