José Serra escondeu durante muito tempo o seu pensamento sobre os principais problemas brasileiros mas, de 15 dias para cá, começou a clarificar suas idéias. Sua primeira promessa de repercussão nacional foi no sentido de manter Bolsa-Família, que durante algum tipo foi chamado de “bolsa-esmola” por senadores do próprio PSDB. Hoje, em Minas Gerais, para afagar Aécio Neves, que também sonha com a presidência da República e não gostaria de apenar 8 longos anos por uma oportunidade de disputar, Serra defender o fim da reeleição, fruto de uma emenda constitucional do então deputado pernambucano Mendonça Filho, hoje presidente estadual do DEM. Trata-se de uma promessa absolutamente “incumprível” porque a reeleição é do interesse dos governadores, dos prefeitos, dos deputados federais e dos senadores. Logo, as chances de ela ser excluída da Constituição é zero. Além do mais, Serra defende mandato de cinco anos para presidente da República, sem reeleição. Tudo bem. Mas como ficaria o mandato dos deputados federais? De quatro anos? Havendo isso, teríamos eleição para presidente “descasada” da do Congresso, como foi a de Fernando Collor em 1989, que deu no que deu. Eleição “descasada” é sempre uma boa oportunidade para que algum aventureiro ou fraco-atirado vença a eleição.
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