terça-feira, 6 de julho de 2010

Eleição Bilionária em PERNAMBUCO


A campanha eleitoral de Pernambuco será bilionária, caso os candidatos gastem o que previram nos processos de registro de candidatura protocolados no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A soma dos valores apresentados ontem, último dia para o registro das candidaturas, alcança R$ 1.225,6 bilhão. Vale salientar que grande parte das coligações e partidos políticos consideraram o limite máximo de gasto estipulado pela Justiça Eleitoral. Mesmo assim, a cifra chama a atenção. Ela é mais de duas vezes superior ao orçamento anual de Jaboatão dos Guararapes, município com a segunda maior população e segundo maior orçamento do estado.

Na corrida pela conquista do poder, quatro dos sete candidatos ao governo do estado são responsáveis por mais de 99% do previsto. As candidaturas mais caras são das duas principais coligações: do governador Eduardo Campos (PSB), que seria a mais cara, e do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB). A Frente Popular de Pernambuco, encabeçada por Eduardo prevê gasto máximo de R$ 19,5 milhões. Nesse ranking, Jarbas aparece logo depois com R$ 18 milhões. Sérgio Xavier, do PV, aparece abaixo, mas a sua previsão de orçamento é a terceira maior, atingindo R$ 4,9 milhões. Anselmo Campelo, da coligação PRTB/PTN, surge com R$ 2 milhões. Esses dois partidos estavam coligados com o governador, mas se retiraram da coligação porque o PRTB tem candidado à Presidência da República.

A conta dos deputados estaduais representa mais da metade de todo o custo das campanhas. Os cerca de 500 concorrentes à Assembleia Legislativa preveem desembolsar R$ 757,5 milhões (não contabilizado os gastos do PCB). Os candidatos das duas principais coligações são responsáveis por mais de 80% da previsão de gastos. Os recursos estimados pelas três chapas que apoiam o governador Eduardo Campos foram estimados em R$ 490 milhões, enquando o grupo de Jarbas, da coligação Pernambuco Pode Mais, deverão gastar R$ 166,5 milhões.

"O fato do valor estar na previsão não quer dizer que será gasto", esclareceu o presidente estadual do PHS, Belarmino Souza. Aliado ao governador, o PHS coligou-se na majoritária, mas optou em sair sozinho para disputar a Assembleia. A sigla registrou ontem 74 candidaturas a estadual, ficando quase no mesmo patamar do PRP, com 73. Até o fechamento desta edição, o TRE havia computado 715 candidaturas a deputados estadual e federal, a senador, governador e vice-governador. Número esse que pode aumentar, pois os candidatos cujos nomes foram esquecidos pelos partidos podem requerer os registros até o dia 10.

No ranking dos gastos previstos, os deputados federais ocupam a segunda maior soma. Os 173 candidatos contabilizados até o fechamento desta edição desembolsariam R$ 387 milhões. O gasto médio estimado para cada candidato à Câmara Federal, nas duas maiores coligações, é de R$ 3 milhões. Por sua vez, as campanhas ao Senado são mais "salgadas". Para se elegerem, a princípio, Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro Neto (PTB), da coligação governista, estimam gastos de R$ 8,5 milhões cada. Raul Jungmann (PPS) e Marco Maciel (DEM), da chapa encabeçada por Jarbas, adiantaram que seus gastos individuais serão de R$ 8 milhões.


Por Jailson da Paz - Diario de Pernambuco- 06/07/10

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