quarta-feira, 7 de julho de 2010

Verticalização perde força no TSE


Presidente do Tribunal garantiu que não vai tumultuar as eleições


POR JAIRO LIMA




FERRO saiu da reunião esperançoso de que não haverá mudanças bruscas



O colegiado de líderes partidários da Câmara Federal esteve reunido, ontem, com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski. O magistrado procurou tranquilizar os interlocutores na questão referente à verticalização nas propagandas e palanques dos candidatos a governador, vice e senador em torno do uso da imagem e voz dos presidenciáveis e de militantes de partidos, no horário eleitoral gratuito. Entre os parlamentares do grupo, o deputado Fernando Ferro (PT), líder do PT na Câmara, saiu confiante que as mudanças nas regras para o pleito de 3 de outubro não devem ser levadas em frente. “O presidente garantiu que não vai tumultuar as eleições. Já havia falado que o assunto é muito sério, que é uma matéria muito delicada. Ficamos mais esperançosos que não haverá mudanças bruscas. Ele nos tranquilizou”, afirmou Fernando Ferro.

Na semana passada, Ricardo Levandowski decidiu deixar a decisão da matéria para o mês de agosto, mas os partidos temeram pela postura inconclusiva do ministro para o desenrolar das eleições. No entanto, a reunião de ontem serviu para o ministro transmitir uma impressão de, no mínimo, mais flexibilidade na sua decisão. “As consultas que fizemos podem ter sido uma forma de esclarecermos ainda mais as regras. Acho que nosso encontro com Ricardo Levandowski foi mais uma demonstração no sentido de que o presidente quer mais é organizar a eleição”, analisou.

Segundo Ferro, o presidente recebeu outra consulta que pode influenciar na decisão. “Também houve problema com consultas que questionam as despesas de campanha. São muitos motivos para o presidente ter pedido vistas”, lembrou. O petista lembrou dos problemas que uma decisão a favor das mudanças poderiam trazer no Estado, principalmente, no caso de sua coligação, que tenta reeleger o governador Eduardo Campos (PSB). Na chapa de Eduardo, encontra-se o PTB, do candidato ao Senado Armando Monteiro Neto, que não poderia aliar-se à coligação porque os trabalhistas apoiam a candidatura de José Serra (PSDB) a presidente da República.

Como a visita a Lewandowski foi suprartidária, Fernando Ferro não deixou de prevenir que as recomendações do PT para qualquer reviravolta do TSE existem. “Nossa prioridade é a eleição de Dilma Rousseff e a imagem do presidente Lula”, relatou. PSC e PRB, da base governista, não apresentaram suas candidaturas à Presidência da República

Da Folha de Pernambuco -07/07/10

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