1) Marina Silva, candidata do PV a presidente da República, saiu-se muito bem ao ser entrevistada ao vivo no Jornal Nacional. A entrevista durou 12 minutos e 30 segundos e a audiência é estimada em 40 milhões de pessoas.
2) Os entrevistadores William Bonner e Fátima Bernardes tentaram encurralar a candidata do PV com duas perguntas: como convencer o eleitor brasileiro de que sua candidatura é para valer, já que o PV não conseguiu o apoio de nenhum outro partido, e por que silenciou diante do episódio do mensalão (na época a senadora pertencia ao PT).
3) Marina, serena, tranquila e equilibrada, respondeu que, se for eleita, governará com os melhores quadros do PT e do PSDB. Disse que FHC levou petistas para o seu governo e que o presidente Lula levou tucanos.
4) Afirmou também que por estarem à frente de amplas alianças, Serra e Dilma estão excessivamente comprometidos com a política tradicional, aquela do toma-lá-dá-cá. FHC, exemplificou, ficou refém do PFL (Antonio Carlos Magalhães e companhia limitada) e Lula do PMDB (Sarney, Renan Calheiros, Romero Jucá, etc.)
5) Quanto ao episódio do mensalão, disse que se indignou quando dele tomou conhecimento e o fato de ter ficado no partido não significou conivência com aquele episódio. Ser honesto, acrescentou, não é favor, é obrigação de todo ser humano.
6) Também foi perguntado a senadora se o Ministério do Meio Ambiente, que ela chefiou durante 6 anos e meio, de fato demorava a conceder licenças ambientais e se isso foi a causa de sua saída do governo.
7) Ela respondeu que, de fato, as licenças eram demoradas, mas porque a pasta não tinha estrutura. Mesmo assim, a média de licenças do governo FHC foi de 145 por ano e a do governo Lula, 275.
8) Marina utilizou melhor o “palanque eletrônico” da Globo do que Dilma Rousseff e deve ter ganhado milhares de votos com esta simples aparição.
9) Nesta quarta-feira será a vez de José Serra, que é bem mais didático do que os outros dois, mais experiente e mais preparado, porém tem uma desvantagem: costuma irritar-se com perguntas incômodas.
Do Blog de Inaldo Sampaio
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