sábado, 7 de agosto de 2010

Doações de R$ 4,5 milhões para chapas majoritárias

Em menos de um mês de campanha, os candidatos ao governo do estado gastaram R$ 2.829.140,00. O valor foi declarado por três dos sete pretendentes ao Palácio do Campo da Princesas. Somente o governador Eduardo Campos (PSB), que disputa a reeleição, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Sérgio Xavier (PV) informaram à Justiça ter recebido doações. A prestação de contas parciais dos candidatos, a primeira de três obrigatórias, foi entregue ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) na última terça-feira, 29 dias após o início oficial da campanha.

Quem mais arrecadou foi o socialista. A sua campanha também gastou mais. Dos R$ 2,23 milhões recebidos pelo candidato da Frente Popular de Pernambuco, R$ 1,63 milhão já foi desembolsado para atividades da disputa eleitoral. Concorrendo ao terceiro mandado de governador, o peemedebista arrecadou menos que Eduardo Campos, mas, percentualmente, o senador desembolsou mais do que o socialista. Até a data da entrega da prestação de contas, o candidato da oposição tinha empregado 84,36% do R$ 1,4 milhão doado, o que representa R$ 1,18 milhão. O percentual do governista foi de 73,13%.

Nas primeiras semanas de campanha, os gastos indicam a tendência, vista em outras disputadas eleitorais, de se destinar a maior parte dos recursos ao guia eleitoral. Em especial, aos programas de televisão. O socialista reservou para a rubrica R$ 1 milhão, enquanto Jarbas, cabeça da chapa da coligação Pernambuco Pode Mais, já repassou R$ 890 mil para a produção de programas de rádio, televisão ou vídeo. As quantias direcionadas ao guia ratificam o discurso dos coordenadores das duas campanhas de que a TV pode ser decisiva nas eleições. Sérgio Xavier nada declarou de investimento nessa área.

O material publicitário também teve destaque na planilha de gasto dos candidatos. A campanha de Eduardo aplicou R$ 202,6 mil em placas, estandartes e faixas, tendo alguns exemplares gigantes sido postos no comitê central do socialista, no bairro do Rosarinho. Tendo captado doações mais modestas do que o socialista e o peemedebista, o candidato do PV destinou R$ 10 mil para material impresso. As doações recebidas por Sérgio Xavier foram de R$ 100 mil. A exemplo de Jarbas, o valor total veio do partido. Eduardo apresentou uma exceção. Dos R$ 2,23 milhões recebidos, R$ 200 mil foram doados por empresas.

Os outros quatro candidatos a governador, Jair Pedro (PSTU), Edilson Silva (Psol), Anselmo Campelo (PRTB) e Roberto Numeriano (PCB), não arrecaradam e nem gastaram, segundo os documentos repassados ao tribunal. Anselmo e Roberto tiveram os registros de candidatura indeferidos pelo tribunal e devem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na disputa para o Senado, o governista Armando Monteiro Neto (PTB) foi quem mais gastou nas primeiras semanas de campanha. O petebista destinou R$ 218,9 mil para colocar o nome nas ruas. Mais da metade foi para material publicitário, superando o total empregado por Humberto Costa (PT), seu companheiro de chapa. O petista declarou investimentos de R$ 149,3 mil dos R$ 160 mil recebidos de doação. Na oposição, Raul Jungmann (PPS) informou despesas de R$ 17,1 mil e arrecadou três vezes e meia mais do que Marco Maciel (DEM), com quem forma chapa. O democrata disse ter gasto os R$ 30 mil recebidos.

Do Diário de Pernambuco -07/08/10

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