Quem não se lembra da geração de 10 milhões de empregos de Lula? Ou ainda do candidato do Projeto Cingapura, do finado político Pedro Correa? Ou ainda da campanha de 1998 de Jarbas, cuja proposta de duplicação da BR 232 era o carro-chefe.
Esse era o tempo feliz onde alguma proposta aparecia como carro-chefe de uma campanha. Pode-se até pensar que isso é pouco, mas aí vema pergunta: alguém aí se lembra de uma proposta sequer dos candidatos nesta campanha?
Eu não me recordo de nenhuma.
Esta é a campanha onde nada se discute, apenas se o candidato é de situação ou de oposição. Nada aparece como proposta principal. Ensaiou-se uma discussão sobre o trem-bala, e só. Foi apenas um ensaio.
Olhando a página dos três principais candidatos a Presidente, as propostas de governo são no máximo uma aba que leva a uma subpágina.
É isso o que realmente se tornaram as propostas de campanha: subimportantes.
Com a subida de Dilma, a campanha de Serra entrou em completo parafuso e nada mais parece fazer sentido. A de Marina ficou focada no desenvolvimento sustentável, mas com pouco tempo de TV e parcos recursos, nem essa mensagem consegue passar. Algo que foi semelhante a campanha de Cristovam Buarque em 2006.
A mídia contribui para isso, dando gás a pseudo-escândalos, e quando tem a oportunidade de discutir algo sério em entrevistas, se propõe apenas a apertar os candidatos, fazendo a alegria das torcidas organizadas.
Educação? Saúde? Segurança? Habitação? Saneamento?
E neste momento em que Dilma se tornou imbatível, resta perguntar: o que ela propõe mesmo?
Me ajudem, pois eu não sei.
Por Pierre Lucena - Do Blog Acerto de Contas
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