sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O papel de Joaquim


Numa eleição para o Senado, a figura do suplente historicamente é escondida e não cumpre papel relevante na campanha. No caso de Joaquim Francisco, suplente do petista Humberto Costa, se abre um novo paradigma. Ex-governador, ex-ministro, ex-prefeito do Recife e ex-deputado federal, até pela sua história e sua densidade eleitoral, Joaquim agregou setores antes refratários ao nome de Humberto.

Escolhido pessoalmente pelo governador Eduardo Campos, Joaquim traçou uma estratégia própria de campanha e vem trabalhando para ajudar Humberto a ser o mais votado da coligação. Só de encontros com pessoas próximas que trabalharam com ele, seja na Prefeitura ou no Governo do Estado, Joaquim já promoveu 21 almoços.

Gastou três solas de sapato em caminhadas no Recife, Região Metropolitana e no Interior do Estado, seja em agendas da própria chapa majoritária ou em roteiros estabelecidos por ele próprio. Dizem que o ex-governador é dotado de um tremendo pavio curto e tem temperamento explosivo.

Mas tudo isso parece ser folclore ou intriga de quem não engoliu a sua escolha para suplente, porque não só Eduardo, mas toda a chapa majoritária têm se derretido em elogios ao trabalho de Joaquim para ampliar efetivamente a votação de Humberto.

Coluna de Magno Martins - Folha de Pernambuco - 24/09/10

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