quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A difamação como forma de sobrevivência


VEJA ultrapassa limite da irresponsabilidade jornalística

Sou daqueles que relutam em acreditar em uma coligação golpista da mídia, que foi apelidada de PIG. Acho que mesmo sendo partidária, a mídia brasileira cumpre papel importante, principalmente em um país onde o legislativo é abduzido pela picaretagem e pelo adesismo, e o judiciário apenas se preocupa com suas benesses.

Mas alguns fatos lamentáveis precisam ser discutidos quando saem do eixo do bom jornalismo.
A edição da Revista Veja desta semana ultrapassou o limite da irresponsabilidade jornalística e protagonizou uma verdadeira canalhice com a matéria sobre os irmãos Ciro e Cid Gomes.Segundo a revista, uma operação da Polícia Federal a que tiveram acesso, envolve o ex-Ministro e o Governador em uma operação criminosa onde um empresário, chamado Raimundo Morais Filho, estaria abrindo o bico a respeito de falcatruas cometidas por ele em prefeituras cearenses.
O esquema seria o seguinte: Ciro liberava verbas para algumas prefeituras, quando ainda era ministro, e Raimundo Morais ganhava as obras junto às prefeituras. Este mesmo empresário teria contribuído com a campanha de Cid Gomes em 2006.

Nada muito diferente do habitué brasileiro se não fosse por alguns detalhes que devem ser discutidos, em se tratando de Revista Veja.Para começar esse negócio teria ocorrido de 2003 a 2005, e só descoberto em 2009. Para quem acompanha as operações da PF, é de estranhar que algo ficasse tanto tempo parado sem que nada tivesse sido feito.

Além disso, para variar, a Veja diz que teve acesso mas não mostrou absolutamente nada, assim como o grampo do Gilmar e o material de Protógenes, que nunca apareceram.
E tem mais. Ciro disse que nunca viu, nem conhece o empresário, o que é confirmado pelo próprio.

E achando pouco, ainda faz ilações quanto a uma tentativa de assassinato da delegada da PF que estaria investigando o caso, que teria sido atropelada por um carro não-identificado em Fortaleza.Para ficar mais estranho ainda, a foto de Ciro aparece em formato desproporcional ao seu envolvimento no possível escândalo. O máximo que ele poderia ser acusado é de estar liberando verbas para algumas prefeituras que roubaram.

Mas para a Veja ele é um chefe de quadrilha dos mais astutos.
Resta saber quem encomendou esse material.

POR: Pierre Lucena - Acerto de Contas

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