
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta feira que não tem pressa para indicar o novo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e que anunciará sua decisão até 17 de dezembro, último dia de trabalho do Congresso Nacional.
Em entrevista no Palácio do Planalto, Lula afirmou que discutirá o novo nome com a presidente eleita, Dilma Rousseff, e que também pretende resolver com ela os nomes para as agências reguladoras que vencem esse ano.
"Estou sabendo que o Congresso vai funcionar até o dia 17 de dezembro, eu vou conversar com o presidente [do Congresso José] Sarney para ver qual é a possibilidade de mandar e ser votado também. Tem vários nomes, e eu vou escolher o que eu entender que seja o melhor para a Justiça brasileira e para o país e quero partilhar isso com a nova presidenta" disse Lula.
O presidente disse que evitou tratar das indicações para o STF e para as agências reguladoras durante o processo eleitoral porque não seria "republicano" fazer indicações de pessoas que vão desempenhar funções ao longo do próximo governo.
"Eu irei partilhar com a nova presidenta o nome para a Suprema Corte, assim como quero partilhar os nomes para as agências. Não é correto, da minha parte, faltando um mês e meio para deixar o mandato, indicar alguém para uma agência que vai ter mandato de quatro ou cinco anos sem conversar com quem vai me suceder. Estou fazendo as coisas com muito critério e respeitando muito a agenda da Dilma, porque ela está neste momento conversando com os partidos políticos, montando o seu governo e é isso que interessa", afirmou o presidente.
Questionado sobre eventual indicação para o STF do atual advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams, Lula desconversou. Disse que tem uma lista de pelo menos dez pessoas capazes de ocupar o cargo.
SIMONE IGLESIAS
DE BRASÍLIA
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