
Uma reunião de juízes no Hotel Comandatuba, em Ilhéus, BA, paga majoritariamente por empresas que têm grande número de causas na Justiça, já é esquisita. Mais esquisito é achar, entre os patrocinadores, a fábrica de cigarros Souza Cruz, que responde a centenas de processos de famílias que perderam parentes por causa do fumo. Segundo o médico Dráuzio Varella, na Folha de S.Paulo, "os fabricantes de cigarros não têm o menor escrúpulo, são capazes de tudo. Usaram atores, compraram médicos, esconderam pesquisas, fizeram comerciais dirigidos aos adolescentes, corromperam políticos (...)". Este colunista é do tempo em que juiz não aceitava nem carona. Aceitar patrocínios (e desse tipo), nem pensar.
(Coluna Carlos Brickmann)
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