quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Juiz decreta a prisão do réu do caso Celso Daniel


O juiz Antonio Augusto Galvão de França Hristov, de Itapecerica da Serra (SP), decretou a prisão preventiva de Marcos Roberto Bispo dos Santos, um dos acusados de participar do assassinato de Celso Augusto Daniel, prefeito de Santo André pelo PT, em 2002.

A prisão foi decretada porque Santos não foi localizado por um oficial de Justiça semana passada. Seu caso irá a júri popular amanhã. Se não for encontrado, Santos será julgado à revelia.

O advogado de Santos, Adriano Marreiro dos Santos, classificou o pedido de prisão precipitado e afirmou que ele não irá ao júri. "É um direito do réu não ir ao seu julgamento."

Em março, depois de ficar sete anos preso, ele conseguiu, junto com outros dois réus, um habeas corpus do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello.

Outros sete acusados pelo crime também irão a júri popular: Sergio Gomes da Silva --conhecido como "Sombra"--, José Edson da Silva, Elcy Oliveira Brito, Ivan Rodrigues da Silva, Itamar Messias Silva dos Santos, Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira.

A acusação diz que Santos teria sido contratado por Sombra para matar o petista.

Na época do caso, ele chegou a relatar à polícia detalhes do crime. Entretanto, poucos dias depois, disse desconhecer o empresário e os demais acusados do assassinato de Celso Daniel.

O promotor Francisco Cembranelli vai defender que Santos cumpra pena de 12 anos por homicídio qualificado, cometido mediante promessa de pagamento.

Com isso, ele acolhe a tese de que o assassinato do ex-prefeito de Santo André foi encomendado, e não apenas sequestro seguido de morte.

O advogado também disse que não irá pedir no momento uma liminar para revogar a prisão por esta próximo do júri. No entanto, irá questioná-la no tribunal depois.

Segundo Marreiro, não há provas de que ele esteve envolvido no assassinato. Também afirma que não haverá diferença na sua estratégia de defesa se o Ministério Público tentar politizar o caso.

Em janeiro de 2002, o corpo do então prefeito foi encontrado jogado em uma estrada de terra, em Juquitiba (SP), com marcas de tortura e alvejado por oito tiros. Ele havia sido sequestrado há dois dias.

Celso Daniel e Sombra haviam jantado em um restaurante em São Paulo e voltavam para Santo André em uma Pajero blindada, conduzida pelo ex-segurança. No caminho, o carro foi interceptado e o prefeito foi levado por sete homens armados.

Em 2006, alguns familiares de Celso Daniel saíram do Brasil e buscaram asilo na Europa. Disseram que vinham sendo vítimas de constantes ameaças de morte por insistirem na resolução do crime.

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