O ex-deputado André de Paula relutou muito antes de decidir abandonar o DEM para apostar no projeto político do prefeito Gilberto Kassab. Ele tem uma ligação histórica com Marco Maciel, Gustavo Krause, Roberto Magalhães e outras figuras do partido, e por esse motivo a decisão não foi fácil. No entanto, como não pretende deixar a política e o partido a que pertencia, o DEM, não tem qualquer perspectiva de poder em nível regional e nacional, abraçou de corpo e alma o pragmatismo político.
Entenda-se por pragmatismo político cuidar também do seu interesse como fizeram no passado Roberto Magalhães, Marco Maciel, Jarbas Vasconcelos e, mais recentemente, Mendonça Filho e Augusto Coutinho. Magalhães e Maciel romperam com o PDS em 84 e criaram o PFL que chegaria ao poder no ano seguinte na esteira da candidatura presidencial Tancredo/ Sarney. E Jarbas quando quis ser governador de Pernambuco rompeu com Miguel Arraes em 1992 e se aliou a Marco Maciel.
Pragmáticos também foram Mendonça Filho e Augusto Coutinho, que azeitaram a máquina do DEM para garantir suas eleições à Câmara Federal, deixando de fora o próprio André, que era histórico no partido e tinha precedência sobre ambos. Isso sem falar também em Joaquim Francisco, que deu adeus ao PFL em 2009, filiou-se ao PSB pelas mãos de Eduardo Campos e hoje é o 1º suplente do senador Humberto Costa. Se todos tiveram o direito de ser pragmáticos, André acha que também tem.
Por Inaldo Sampaio
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