terça-feira, 29 de junho de 2010

Confiando na palavra


João Lyra Neto só foi mantido na chapa do governador Eduardo Campos (PSB) como candidato a vice, porque aceitou a única condição imposta: não disputar a reeleição em 2014. Com isso, Eduardo acha que não perde as rédeas do processo sucessório daqui a quatro anos, quando, caso seja reeleito, terá que se afastar nove meses antes para sair candidato, seja a senador, o mais provável, ou a vice-presidente da República.

Mas, será que Lyra, depois que chegar ao poder, cumpre o acordo? Em política, um dia é uma eternidade, disse certa vez o mestre Tancredo Neves. Imagine quatro anos! Há quem diga, no entanto, que se Lyra se rebelar e insistir num projeto de reeleição – o que hoje pelo acordo não estaria nos seus planos – dificilmente viabilizaria um novo mandato porque não contaria com o apoio de Eduardo nem tampouco das forças que estão engajadas na aliança governista, como o PT, PTB e PR.

Para outros, a impressão que fica é que o governador, ao confirmar João Lyra nesta condição, não fez uma boa amarração política. Se até então ele vinha acertando ao queimar primeiro Fernando Bezerra Coelho, depois João Paulo e no plano nacional Ciro Gomes, na montagem da sua própria chapa pode ter cometido um grande equívoco político. Os áulicos, porém, acham que não restava outra saída. Agora, é confiar na palavra de Lyra.

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