sábado, 27 de março de 2010

Serra, o cabeça dura





Serra começa errando. Escolheu um péssimo dia para o anúncio da sua candidatura, um sábado, dia 10. Qualquer “foca” (jornalista iniciante) sabe que os jornais domingueiros, frios e voltados mais para as necessidades do mercado de classificados, fecham na sexta-feira e reservam apenas para o sábado pequenos espaços.

Aí, portanto, ele já sai perdendo levando em conta se tivesse optado por um dia útil. As revistas semanais de grande circulação, por sua vez, também já estarão fechadas e com suas edições chegando às bancas e às casas dos seus assinantes.

Só quem lucra são os blogueiros, a blogosfera, que cobrem o evento em tempo real. Mesmo assim, o número de internautas navegando no fim de semana é indiscutivelmente bem menor em comparação aos dias úteis de trabalho.

Não fosse essa questão específica da mídia, o sábado, por si só, é um dia terrível, principalmente em Brasília, cidade que os senadores e deputados consideram tediosa e detestam a obrigação de passar um fim de semana. Os marqueteiros culpam Serra pela escolha da data.

Dizem que ele é cabeça dura e não se rende facilmente a argumentos bem balizados. Tende, portanto, a ter muita dor de cabeça ao longo da campanha, porque as campanhas presidenciais se transformaram no mundo num espetáculo muito midiático, por causa da força da tevê e da cobertura em tempo real.

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