ENTREVISTA | ||
“O PT não tem dono”, diz líder petista no Senado |
O programa Brasília ao Vivo, do canal Record News, veiculou na noite desta terça-feira (17) uma entrevista com senador e líder do PT no Senado, Humberto Costa. O político falou sobre temas importantes relacionados à atual situação do partido, ao projeto político da legenda e à gestão da presidenta Dilma Rousseff. Leia abaixo parte da entrevista, postada no blog da jornalista Chrisina Lemos: O senhor foi dos poucos petistas que se declararam publicamente contra a readmissão de Delúbio Soares no partido. O PT ficou desgastado por isso? Eu acho que a volta de Delúbio ao PT se deu num momento que não foi muito adequado. Acho que o melhor momento era aquele em que, após o julgamento do STF, ele tivesse sido absolvido, não apenas do ponto de vista dos desgastes que isso poderia gerar para o PT, porque sempre gera, mas principalmente porque esse fato traz novamente todos os holofotes para o processo, faz com que haja uma pressão da sociedade sobre o STF. Para a imagem do partido acarreta, de uma certa forma, algum prejuízo, na medida em que as pessoas geralmente fazem um prejulgamento, mas nós trabalhamos muito para mostrar que o Delúbio, até o presente momento, não foi condenado, não foi sequer julgado pelo que é acusado e que no presente momento é considerado inocente. A vitória de Delúbio neste episódio é uma demonstração de força de José Dirceu? Ele aumenta seu poder junto ao PT? José Dirceu é uma pessoa cuja história está indissoluvelmente ligada ao PT, não há como não reconhecer que ele teve um papel importante no partido, inclusive na construção da vitória em 2002, do presidente Lula. E por toda essa história, por toda essa dedicação, não há dúvidas de que ele exerce uma influência importante no PT, mas o partido realmente não tem dono. Não é uma figura de linguagem, de retórica, é a realidade. Quantas vezes o presidente Lula já foi derrotado em discussões e disputas internas! A presidente Dilma acertou na divisão das fatias de poder no governo? Acho que no caso do PT do nordeste, até pela grande votação que a presidente teve no nordeste, talvez pudéssemos ter espaços um pouco mais generosos. Nós também temos que levar em consideração que, na hora de decidir as ocupações destes espaços, ela não pode decidir meramente por um critério regional. É preciso discutir a sua força na Câmara, no Senado, aspectos que ela colocou como ponto importante, como a questão de gênero, o problema regional, o problema partidário. O nordeste está e continua a ser visto pelo governo como prioridade. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário