sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Procuradoria Regional Eleitoral dá parecer pela volta do prefeito de Itaíba ao cargo


O parecer da Procuradoria Regional Eleitoral é pelo retorno imediato ao cargo do prefeito cassado de Itaíba, Marivaldo Bispo (PMDB), por suposta compra de votos e abuso de poder político na eleição de 2008.

Ele e o vice foram cassados pelo juiz da Comarca, na semana passada, e entraram com recurso no TRE.

O relator do processo, desembargador Francisco de Queiroz Cavalcanti, mandou citar as partes e pediu o opinativo do Ministério Público, cujo parecer foi pela volta do prefeito ao cargo até que todos os recursos a que ele tem direito sejam apreciados pela Justiça. Marivaldo é “cria” política do ex-deputado Claudiano Martins (PSDB).

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

AUGUSTO SIMÕES SOBRE ORISVALDO INÁCIO : “TUA FAMÍLIA E TEU POVO TE AMAVAM”

Augusto Simões (esq) : Homenagem ao "tio Orisvaldo"


Na noite do sábado, de todas as palavras que me tomaram a memória de assalto, as que mais me tingiram a dor foram as do poeta, que disse certa feita que a morte lhe chegara pelo interurbano em longas espirais metálicas. Não era morte de meu pai, mas experimentei o sentimento de desterro, de distância, o asilo de não poder enxugar as faces amadas, de não soluçar ao ritmo do peito alheio confrangido pela dor comum. Na noite de sábado, de todas as lembranças que me tomaram, nenhuma como aquela. Nem as vitórias, pesares, celebrações, despedidas, nada como aquela, a mais bela das lembranças.

Éramos crianças e te escalávamos. No alto da tua cabeça a euforia nos fazia alvoroçar um emaranhado de cabelos assanhados. Morríamos de rir contigo, quando sacavas um pequeno pente negro, voltavas a pentear a fronte e novamente nos oferecias solícito o prazer de desgrenhar. “Aquieta estes meninos, Orisvaldo!”, ralhava tia Giza. Ficávamos em suspenso, no aguardo de tua reação. E quando sorrias, quando sorrias aquele teu sorriso cândido e sereno, sempre presente, por mais difícil que fosse sorrir, ali, titio, estava a salvaguarda de nossa diversão infantil. Podíamos continuar te assanhando. No entanto, havia algo naquela brincadeira que ainda não compreendíamos. Muito mais tarde, conhecendo tua história, eu entenderia. Fostes um anjo de branco cruzando a vermelha poeira do sertão, trazendo vida, tão precioso bem, tão mais raro por onde andavas.

Quantos choros de criança por tuas mãos não romperam a escuridão da seca como uma chuva de bênçãos, cobrindo o pajeú. Fostes um líder desarmado, distante do apego ao mando, num mundo tão marcado pelo autoritarismo, tua autoridade serena revestia-se, humilde, do manto do aconselhamento. Fostes um marido leal e fiel ao teu sacerdócio matrimonial, solidário até o fim à missão conjugal que foi confiada um dia no altar: amai-vos em todas as horas e aos teus semelhantes como eu vos amei. Fostes um pai modelar. Tua esposa, tua mesa, tua casa, foram videiras fecundas, que te deram os mais doces frutos. Sem alarde nem vaidade, forjastes uma família que só adornou de belezas teu nome neste mundo: tia Giza, Eugênia, Danilo. E se somaram Roberto e Sandra. E vieram teus netos: Sofia, Tiago, Gabriel, Letícia e agora, Felipe.

Quando esperava a chegada de teu féretro abraçado a Angélica, bem em frente a tua casa, morada de tantas lembranças, já esperava que a multidão te acompanhasse no desejo de amparar a dor de tia Giza. Assustei-me, no entanto, com o volume e a intensidade da comoção do povo de Afogados da Ingazeira. A profusão de motos, o cortejo dos carros, as calçadas apinhadas e, sobretudo, as mãos calejadas dos sertanejos enxugando as lágrimas e estendendo-se aos céus em sinal de fé. Eras na despedida o que fostes em vida, amado ao extremo.

Nas missas em Afogados e Alagoinha, padre Adilson Simões foi mais uma vez inspirado pelo Espírito Santo: “Não morre quem crê em Deus e faz da vida serviço ao próximo. Estaremos todos juntos na ressurreição do Senhor e participaremos de sua glória num corpo luminoso e incorruptível, pois Cristo venceu a morte.” Palavras de vida, palavras de consolação.

No derradeiro adeus, surgiu, por graça de Deus e em meio a um poço de imensa dor, a força de tia Giza: “Seja recebido no céu, Orisvaldo, com todo amor que foste recebido pelos homens e mulheres do mundo, fica com Deus, até que nos encontremos na eternidade”, disse ela entre os soluços. Tua família e teu povo te amavam por tudo o quanto te doaste. E foi por isso, tio Orisvaldo, que descobri, anos mais tarde, a grande lição da brincadeira infantil de te assanhar. A ti nada importava, tua alegria era a felicidade alheia, mas por mais que tentemos, titio, és muito grande, jamais poderemos te escalar.

Augusto Simões Maia

O Nordeste já parou


Três dias após a presidente Dilma anunciar que nenhuma obra em andamento no Nordeste seria prejudicada por causa dos cortes de R$ 50 bilhões, o prefeito de Arcoverde, Zeca Cavalcanti (PTB), denunciou, ontem, que as obras da Transnordestina pararam em seu município.

Ali, segundo o trabalhista, foi iniciada a construção de um túnel de 900 metros, obra tocada pela Odebrecht, que já fechou o seu escritório e dispensou mais de 500 trabalhadores. “Não sei, na verdade, o que está acontecendo, mas a notícia é muito triste para o nosso povo, porque as obras estavam gerando emprego e movimentando a economia do município”, disse Cavalcanti.

Na realidade, não é apenas Arcoverde que começa a pagar um preço alto por causa do ajuste fiscal de Dilma. No trecho de Custódia, a 100 km de Arcoverde, a ferrovia também parou. Já em relação às obras da Transposição do São Francisco três lotes foram suspensos e os demais andam a passos de tartaruga.

O engraçado, entretanto, é que, na segunda-feira, em Aracaju, os governadores assinaram um documento que, no seu primeiro item, clamava para o Nordeste não parar. O discurso do Governo soa uma maravilha aos ouvidos dos áulicos, mas está distante da realidade vivenciada nos rincões em que projetos indutores da economia, como a Transnordestina e a Transposição, são vistos como tábua de salvação.

Do Blog de Magno

Senado aprova mínimo de R$ 545


O Senado Federal definiu nesta quarta-feira, 23, em R$ 545,00 o valor do salário mínimo para o ano de 2011. A decisão aconteceu oficialmente com a rejeição da emenda do DEM que defendia o valor de R$ 560,00., informa O Estadão.

Uma emenda do PSDB, que defendia R$ 600,00 para o mínimo, já tinha sido derrotada. Resta agora apenas a votação do destaque que estabelece o reajuste por decreto até 2015 para o projeto seguir para a sanção presidencial.

A emenda dos R$ 560,00 foi rejeitada com 54 votos contra, 19 a favor e 4 abstenções. Com isso, foi mantido pelo plenário o valor de R$ 545,00 que constava no projeto do governo e foi mantido pelo relator, Romero Jucá (PMDB-RR).

Além de fixar o valor do mínimo para 2011, o projeto estabelece uma política de reajustes até 2015. Pela política, o mínimo será reajustado todos os anos com base na inflação do ano anterior e o crescimento da economia dois anos antes.

O projeto afirma que os reajustes dos próximos anos podem ser feito por um decreto presidencial, mas o PSDB apresentou um destaque para retirar essa permissão do texto.

Prefeita Cleide Oliveira faz reforma meia-boca no seu secretariado


A Prefeita de Pesqueira Cleide Oliveira(PRB) fez mais uma "reforma" no seu secretariado, ao que podemos dizer que foi uma reforma "meia-boca", pois alguns dos "novos" secretários já faziam parte da Administração da Prefeita. Ou seja ela trocou 6 por meia-dúzia.


As mudanças foram na Pasta de Urbanismo saiu Hamilton Didier e entrou Sandra Valéria que já fazia parte da gestão de Cleide desde os tempos que a Prefeita ocupava a Secretaria de Educação, Hamilton Didier(rato véi de Prefeitura) mais parece um Curinga, desde os tempos de João Eudes que jogam ele de um canto pra outro e ele não sai da mamata nem à pau, agora está na Secretaria de Meio-Ambiente que antes era comandada pelo ex-Vereador Zezinho da Briboca e que agora pegou uma bomba chiando, vai ser Gestor do Bio-Diesel, é muita coragem de Zezinho, que Deus o proteja e não aconteça com Zezinho o que aconteceu com Ricardo Paixão, coitado tá sujo até hoje por causa das falcatruas de João.

Na Secretaria de Obras, como era de se esperar o forasteiro Welington Paes Barreto que só estava na pasta por obra e graça de João Eudes e por que era parente do Desembargador que ajudou Cleide no T.R.E. saiu e como João não pode mais exercer cargo ou função pública, Cleide colocou o engenheiro Hugo Paixão na referida pasta.

No Hospital Lídio Parahyba, foram buscar uma Gestora em Caruaru, como se em Pesqueira não houvesse ninguém competente para dirigir o HLP, seu nome é Maria Anunciada.

E ainda ressucitaram Conceição Santana, que já foi Diretora do HLP e agora criaram a Coordenadoria da Mulher. Vixe é muito cargo e muita gente pra mamar! No mais desejamos a Prefeita e aos "novos componentes" da sua gestão: "ética, compromisso e zelo com a coisa pública!"

Fotos: Geraldo do Pesqueira em foco

'Estilo Dilma' é mais ata e menos metáfora

Governadores do Nordeste com a Presidenta Dilma

A primeira reunião de um grupo de governadores com Dilma Rousseff funcionou como uma espécie de ensaio para que os políticos, acostumados às piadas e à expansividade de Lula, observassem o estilo da nova presidente

"A diferença é que ela faz ata", diz um dos participantes do Fórum dos Governadores do Nordeste, realizado nesta segunda, em Aracaju (SE)."É também um pouco menos divertido", reconhece outro.De acordo com relatos dos participantes, Dilma já chegou para a reunião de trabalho, que durou duas horas, com várias anotações sobre a pauta do encontro. "Ela não leu um discurso, mas pontuou tudo o que já levou estudado", diz um dos governadores.

Os políticos dizem que há três "gradações" que Dilma usa diante de um pleito: "pode ser", "vamos estudar" e "nem pensar". Essa última, observam, nunca era usada por Lula em encontros desse tipo."Com ela é mais trabalho e menos metáfora", resume um governador aliado.Outro aspecto que chamou a atenção dos que participaram do fórum foi o consenso entre governadores de vários partidos. "Se chegasse um marciano ali não conseguiria entender quem era governo e quem era oposição", brinca um governista.

Antonio Anastasia (PSDB-MG), que participou como convidado, apesar de não governar um Estado nordestino, era um dos mais efusivos. Usou a forma "presidenta", preferida pro Dilma, para saudá-la, e chegou a dizer que gostaria de falar "olhando nos olhos" da petista.Rosalba Ciarlini (DEM-RN), outra oposicionista que foi a Aracaju, arrancou olhares irônicos da maioria governista ao dizer que ouvir as propostas de Dilma era "música para os ouvidos" dos presentes.Teotonio Vilela Filho (PSDB-AL) disse que estava com uma obra pronta, mas só marcaria a inauguração quando Dilma pudesse ir a Alagoas.

Com tanta concordância do lado da oposição, sobrou para o petista Jaques Wagner a nota dissonante do evento, ao propor a volta da CPMF, tema que não é consenso entre os governadores e nem no próprio governo federal.

Do Blog Presidente 40

Movimentação política em Arcoverde já visando 2012


Arcoverde - Embora faltem 17 meses para as eleições, nota-se uma discreta movimentação em Arcoverde de pelo menos seis pré-candidatos que sonham com o apoio do prefeito Zeca Cavalcanti (PTB), um dos mais bem avaliados de PE: a vice Madalena Brito, o presidente da Câmara Luciano Pacheco e os secretários Giovane Freitas, José Ivan e Wellington Araújo.

Do Blog de Inaldo

Comentário do Editor do Blog: Quem quiser ser candidato deve contar com a benção de Zeca, quem resolver ir contra vai encontrar uma oposição sem rumo e um Prefeito bem avaliado para enfrentar, no mais acredito que nenhum dos pré-candidatos queira se indispor com Zeca abrindo uma "terceira via" em Arcoverde. Zeca é bem articulado, deve aparar qualquer aresta que por ventura venha à surgir com a escolha do seu candidato não importando ser A,B ou C, mas pelo pouco que conheço e vejo da movimentação política em Arcoverde, o candidato in pectore de Zeca é o ex-Prefeito de Sanharó e seu Secretário de Finanças Geovani Freitas, posso até errar o candidato, mas no que depender de Zeca será ele, querem apostar?

STF concede liminar para juiz que achou lei 'diabólica'


O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello concedeu liminar (decisão provisória) autorizando o retorno ao cargo do juiz Edilson Rumbelsperger Rodrigues, da comarca de Sete Lagoas (MG). O magistrado foi afastado por dois anos pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) depois de que classificou a Lei Maria da Penha, em sentenças, como "conjunto de regras diabólicas". Ao rejeitar pedidos de medidas contra homens que agrediram e ameaçaram suas companheiras, o juiz disse ainda que a "desgraça humana" teria começado por causa da mulher. Ele foi afastado por utilizar linguagem discriminatória e preconceituosa.

Para o ministro, a providência de afastar o juiz foi inadequada "porque as considerações tecidas o foram de forma abstrata, sem individualizar-se este ou aquele cidadão". O ministro defendeu a liberdade de pensamento dos magistrados. "É possível que não se concorde com premissas da decisão proferida, com enfoques na seara das ideias, mas isso não se resolve afastando o magistrado dos predicados próprios à atuação como ocorre com a disponibilidade", afirmou. Marco Aurélio disse ainda que a manifestação do juiz é uma "concepção individual que, não merecendo endosso, longe fica de gerar punição". "Agora, se o entendimento for o de que o juiz já não detém condições intelectuais e psicológicas para continuar na atividade judicante, a solução, sempre a pressupor laudo técnico, é outra que não a punição", afirma. No caso, a manifestação do juiz é, para o relator, "concepção individual que, não merecendo endosso, longe fica de gerar punição". Em sua defesa, o magistrado afirmou em uma nota divulgada no início do processo, que não ofendeu ninguém, apenas se posicionou contra a legislação "em tese".

Lei Maria da Penha (nº 11.340) é considerada um marco na defesa da mulher contra a violência doméstica. Sancionada em agosto de 2006, a legislação aumentou o rigor nas penas para agressões contra a mulher no lar, além de fornecer instrumentos para ajudar a coibir esse tipo de violência. Seu nome é uma homenagem à biofarmacêutica Maria da Penha Maia, agredida seguidamente pelo marido. Após duas tentativas de assassinato em 1983, ela ficou paraplégica. O marido, Marco Antonio Herredia, só foi preso após 19 anos de julgamento e passou apenas dois anos em regime fechado.

Em uma das sentenças proferidas por Edilson Rodrigues, porém, a lei é chamada de "monstrengo tinhoso", seguida das seguintes considerações: "Para não se ver eventualmente envolvido nas armadilhas dessa lei absurda, o homem terá de se manter tolo, mole, no sentido de se ver na contingência de ter de ceder facilmente às pressões."

MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA - Folha de S. Paulo

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Bloco 2 de Ouro sai na frente e realiza a primeira prévia do Carnaval 2011 de Pesqueira, tendo à frente esta figura ímpar: o nosso amigo FIFI !

Neste Domingo (20) o Bloco 2 de Ouro saiu do Bairro da Vila Anápolis e percorreu o Bairro do Centenário em direção a Barriguda, para a inauguração de sua sede. Na passagem pelas ruas tradicionais de Pesqueira o Bloco arrastou foliões com muita irreverência e alegria.
Esta foi uma amostra para o turista e a população de Pesqueira, em que o Bloco promete esquentar o carnaval dos Caiporas 2011, fazendo sua abertura com muita irreverência, animação e também nos três dias de folia.
Uma das atrações principais é o Folião mais conhecido de Pesqueira, o inconfundível BIRÓ, que sempre com sua alegria e carisma, leva o estandarte do bloco.
O Bloco 2 de ouro que surgiu a partir de um grupo de amigos que sempre se encontravam para jogar cartas de baralho.
No ano de 1937, um deles, o Sr. Tadeu Ferreira da Silva, popularmente conhecido por Tadeu da Carroça, pois o mesmo vendia balas e bombons e amendoim na calçada do antigo Cinema Moderno de Pesqueira juntou-se mais seus amigos e sentiu vontade de formar uma troça para também brincarem juntos no Carnaval de Pesqueira. O mesmo o Sr. Tadeu da Carroça também foi o autor do nome da troça que hoje pelo crescimento tornou-se o Bloco 2 de Ouro.

Daquela data em diante a cidade de Pesqueira adquiriu mais um bloco que veio a abrilhantar o Carnaval tradicional da cidade.

Fonte:EncartNoticias.com
Fotos: Reprodução Marcos Lima

Procuradoria recorre ao TSE para cassar senadora do Amazonas

O Ministério Público Eleitoral recorreu ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para pedir a cassação da senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM). Pesam contra Vanessa, ex-deputada federal, acusações de abuso de poder econômico, compra de votos e captação e gasto ilícito de recursos no pleito de 2010. Também estão na mira da procuradoria os dois suplentes da comunista --Francisco Garcia Rodrigues e Alzira Ferreira Barros-- e o deputado federal eleito Eron Bezerra, marido da senadora.

O ex-senador Arthur Virgílio (PSDB) atua como assistente da procuradoria em representações contra Eduardo Braga (PMDB) e Vanessa, eleitos para o Senado no Amazonas. Os vitoriosos integraram a mesma coligação, a Avança Amazonas, que contou com amplo leque de partidos: do DEM ao PC do B (PRB/ PP/ PTB/ PMDB/ PTN/ PSC/ DEM/ PRTB/ PHS/ PMN/ PTC/ PRP/ PC do B). O inconformismo de Virgílio em perder as eleições, segundo Vanessa, levou às acusações --todas negadas.

Em outubro, com 672,9 mil votos, Vanessa foi eleita para a segunda cadeira do Senado pelo Amazonas, após derrotar o candidato à reeleição Arthur Virgílio (PSDB). A diferença entre os dois foi de 28,58 mil votos --0,98% dos válidos. Na ocasião, ela disse que vencera a luta entre Davi e Golias no Amazonas.

ACUSAÇÕES

Segundo a procuradoria, Vanessa e o marido usaram um programa estadual de desenvolvimento sustentável, o Zona Franca Verde, para conseguir votos. No ano passado, o ex-governador Eduardo Braga (PMDB) foi acusado de faturar eleitoralmente em cima do programa --que distribui sementes e implementos agrícolas. A senadora do PC do B também é suspeita de ter a campanha amparada por caixa dois. Algumas despesas eleitorais, de acordo com a procuradoria, não foram declaradas corretamente na prestação de contas.

LIGAÇÕES

A procuradoria ressalta que Eron Bezerra, marido da senadora, era secretário da Sepror (Secretaria de Produção Rural) até 31 de março de 2010, quando deixou o cargo para disputar as eleições. O Idam (instituto de desenvolvimento agropecuário e florestal), ligado à secretaria, teria usado o programa Zona Franca Verde para conquistar votos. No recurso, a procuradoria destaca o depoimento de um eleitor contra a chefe do Idam no município de Novo Remanso (AM): se votasse no casal, ele seria beneficiado com um motor. O Ministério Público Eleitoral avalia que, entre setembro e dezembro de 2010, o instituto promoveu uma grande quantidade de gastos de materiais para doação de implementos agrícolas.

Em 2009, o Idam doou 7.209 motores a gasolina de 5 a 6 cv. Em 2010, ano eleitoral, o valor quase dobrou: até abril, foram distribuídos 12.878, segundo a procuradoria.
Sobre seu marido chefiar a Sepror, Vanessa diz não ver problemas, pois ele saiu da secretaria seis meses antes do pleito, alinhado às determinações da Justiça Eleitoral.

CABOS ELEITORAIS

Outra acusação envolve a empresa A.C Nadaf Neto Assessoria e Comércio Exterior, responsável pelo pagamentos dos cabos eleitorais com cartões bancários do Bradesco na campanha eleitoral. A empresa é investigado pela Polícia Federal como mentora de um suposto esquema de compra de votos para os senadores Braga e Vanessa. A denúncia, do ex-senador derrotado Arthur Virgílio, diz que a empresa distribuiu a cabos eleitorais quantias de até R$ 1.200 em cartões do banco para comprar votos por R$ 50.

OUTRO LADO

A senadora Vanessa diz estar "muito tranquila" em relação ao recurso apresentado ao TSE. Para ela, o ex-rival tucano no pleito de 2010, Arthur Virgílio, não se conformou com a derrota e pressiona as acusações que julga infundadas. "É engraçado. Uma parte [da ação] cita que eu teria sido beneficiada [pelo esquema de compra de votos]. Mas nunca participei de nenhum ato de entrega, nada."
A senadora comunista diz que, "exatamente por saber que essa campanha seria dura, até a moça que limpava o chão do meu comitê que era registrada". Sem citar nomes, afirmou que a mesma precaução não foi tomada por outro candidato.

Da Folha de S. Paulo

Parecer da Procuradoria do Estado opina pela redução do valor da pensão vitalícia que é paga ao ex-governador José Ramos


Provocada pela Secretaria de Administração, a Procuradoria Geral do Estado emitiu parecer opinando que o ex-governador de Pernambuco, José Muniz Ramos, não tem direito a receber pensão no valor de R$ 24.116,87 (equivalente ao subsídio de um desembargador).

José Ramos fez jus a este benefício por ter governado Pernambuco de maio de 1982 a 15 de março de 1983. Ele era presidente da Assembleia Legislativa e foi chamado a assumir o governo em decorrência da renúncia do governador e do vice, Marco Maciel e Roberto Magalhães, respectivamente, para disputarem cargos majoritários.

À época, a Constituição de Pernambuco previa a concessão de uma pensão vitalícia -equivalente ao que ganha um desembargador - para os seus ex-governadores.

Porém, quando Roberto Magalhães assumiu o governo, em 15 de março de 1983, enviou um projeto à Assembleia Legislativa extinguindo o benefício, mas preservando os direitos adquiridos.

Hoje, em Pernambuco, apenas dois ex-governadores recebem a pensão: Marco Maciel (R$ 6.000,00 por não ter requerido equiparação) e José Muniz Ramos.

Do Blog de Inaldo

Procuradoria pede que ex-governadores da PB devolvam pensões


Quatro ex-governadores da Paraíba foram acionados na Justiça pelo Ministério Público Federal para que devolvam parte do dinheiro recebido do governo do Estado como aposentadoria especial. Cícero Lucena (PSDB), José Maranhão (PMDB), Ronaldo Cunha Lima (PSDB) e Wilson Braga (PMDB) recebem o mesmo salário do atual governador --R$ 18.371 por mês-- por já terem ocupado o cargo. Braga, o mais longevo, tem o benefício há 24 anos. Segundo a Procuradoria, os políticos exerceram cargos eletivos durante o recebimento da pensão e, por isso, seus vencimentos excediam o teto previsto na Constituição para agentes públicos.

Lucena, que foi governador por apenas nove meses, por exemplo, é senador desde 2007, com mandato até 2015 e salário de R$ 26,7 mil. Ele recebe a pensão do governo estadual há 16 anos. José Maranhão, que tem a pensão desde 2002, foi senador entre 2003 e 2009 e governador novamente por mais dois anos. Ele deixou o cargo no mês passado, assim como Braga, que era deputado federal até janeiro. Já Cunha Lima, que foi governador por três anos, recebe a pensão há quase 20, inclusive durante os cinco anos em que foi deputado federal.

O Ministério Público quer que os políticos devolvam o que estiver acima do teto durante os meses em que acumularam dois vencimentos. O órgão ainda não calculou quanto pode ser devolvido. Maranhão, Braga e Lucena informaram, por meio de suas assessorias, que não iriam se manifestar até serem notificados pela Justiça. Ronaldo Cunha Lima não foi localizado pela reportagem.

Hoje, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) entrou com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo o fim das pensões vitalícias a ex-governadores da Paraíba, a exemplo do que já fez com outros sete Estados. Atualmente, o STF está analisando um pedido relativo às pensões do Pará, que pode definir também a validade das aposentadorias nos outros Estados.

ESTELITA HASS CARAZZAI
Da Folha de S. Paulo

Presidente da Câmara de Itaíba assume a prefeitura nesta terça-feira


Tomou posse o presidente da Câmara de Vereadores de Itaíba, Sinval Batista da Silva (PSC) no cargo de prefeito pelo fato de ser, legalmente, o terceiro na linha sucessória.

É que o prefeito Marivaldo Bispo (PMDB) e o vice Juliano Martins (PSDB) foram cassados na semana passada, por compra de votos e abuso de poder político, gerando um vácuo de poder no município.

Embora tivesse o direito de ser empossado imediatamente após a cassação do prefeito e do vice, o presidente da Câmara sumiu da cidade e só ontem é que reapareceu.

Os advogados do prefeito já recorreram da decisão de cassá-lo ao Tribunal Regional Eleitoral mas o relator do processo, Francisco Queiroz Cavalcanti, ainda não levou o caso a julgamento.

Do Blog de Inaldo

Conselho da OAB-PE se posiciona contra auxílio paletó


Depois da decisão do presidente da Ordem dos Advogados de PE, Henrique Mariano, se posicionar contra o pagamento do auxílio paletó, o Conselho da entidade também ratificou a medida. Na reunião realizada, hoje, os conselheiros deliberaram, por unanimidade, todas as ações de Mariano. Com a decisão, o Conselho poderá ajuizar Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra o Regimento Interno da Assembleia, informa o Diario de Pernambuco.

"O Conselho está unido e resoluto para enfrentar judicialmente essa situação. Importante é que nos antecipamos aos fatos. Caso a Alepe não adote as medidas internas necessárias à revogação desse auxílio, a OAB-PE, também com total apoio do Conselho Federal, de pronto, judiciará a questão", avisou Mariano.

Do Blog do Magno

Aprovada Resolução da OAB que desobriga os advogados pernambucanos a usarem paletó e gravata no desempenho de suas atividades profissionais


Começou a vigorar nesta terça-feira a nova resolução da OAB-PE que desobriga os advogados de todo o Estado a usarem paletó e gravata no seu cotidiano profissional.

A OAB acha que não faz sentido exigir que advogado use paletó e gravata, por obrigação, numa região encravada no semi-árido, onde a temperatura, não raro, sobretudo na capital pernambucana, chega a 38 graus.

De acordo com a Lei Federal 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e da OAB), cabe aos conselhos seccionais estabelecer critérios para o traje dos advogados, no exercício profissional. Além da previsão estatutária, o Conselho Nacional de Justiça também reconheceu, em decisão de fevereiro de 2010, que essa competência é exclusiva das seccionais da Ordem.

A respeito desta matéria, disse o presidente Henrique Mariano: “Desde o final do ano passado essa matéria estava sendo estudada pela Seccional pernambucana. A resolução foi votada e aprovada ontem, na primeira sessão ordinária do ano. Acho que atendemos a um pleito importante da advocacia de nosso Estado”,

A resolução faculta aos advogados pernambucanos substituir o terno por camisa, calça e sapato sociais.

Ela também faz menção à proibição de uso de roupas como bermudas, camiseta regata, jeans esportivo, tênis, chinelos, entre outros. “Os advogados que optarem por não usar ternos ou similares deverão se apresentar com vestimenta condizente com o decoro exigido para o exercício profissional”, disse o presidente Henrique Mariano.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Trabalhadores da Usina Catende farão protesto contra os 30 dias em que o síndico não põe os pés lá para trabalhar


Cinco dias após a realização de uma sessão especial, na Assembleia Legislativa, para discutir a crise da Usina Catende, proposta pelo deputado Aluísio Lessa (PSB), os trabalhadores resolveram definir uma data para a realização de um ato de protesto, com direito a bolo com trinta velinhas, para comemorar os 30 dias em que o sindico da Usina, Carlos Fernandes Ferreira, não aparece na cidade.

O síndico foi indicado pelo juiz Sílvio Beltrão. Mas há cerca de um mês não comparece à Usina porque alega não dispor de recursos para pagar aos trabalhadores.

Seu advogado, Eduardo Pugliesi, afirmou na Alepe, na semana passada, que a Usina ficou inadimplente porque não recebe a ajuda prometida pelos governos federal e estadual.

Do Blog de Inaldo

Secretário dos Transportes anuncia pavimentação do acesso ao campus da UFPE em Caruaru


O secretário estadual dos Transportes, Isaltino Nascimento, anunciou nesta segunda-feira, em Caruaru, a execução dos serviços de engenharia para implantação, drenagem e pavimentação da rodovia de acesso ao campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com extensão de 1,02 Km.

O processo licitatório será aberto na próxima semana e a previsão é que a obra, orçada em R$ 2 milhões, seja iniciada em abril. O anúncio foi feito em conjunto com o reitor da UFPE, Amaro Lins, na própria sede do campus.

A rodovia de acesso terá início na BR-104, ora em fase de duplicação, e foi concebida para atender à instituição pelos próximos 10 anos, já incluindo a expansão do campus e a criação de novos cursos.

Do Blog de Inaldo

ALAGOINHA SE DESPEDE DE ORISVALDO INÁCIO

A cidade de Alagoinha, no Agreste, deu Adeus nesta segunda (21) a Orisvaldo Inácio da Silva, que faleceu no último sábado e foi velado em Afogados da Ingazeira neste domingo (20). A cidade parou para prestar sua última homenagem ao médico e homem público que honrou o nome de sua terra natal. Antes do sepultamento, às 10h, uma Missa de Corpo Presente foi celebrada pelo Pe. Adilson Simões. Em seguida, o cortejo fúnebre seguiu pelas ruas da cidade.

Bastante abalada, a ex prefeita de Afogados da Ingazeira, Giza Simões, ao lado dos filhos Eugênia e Danilo ainda encontrou forças para falar sobre Orisvaldo Inácio. Giza falou do exemplo de filho, marido, pai e avô que Orisvaldo foi. "Por tudo o que fez tenho convicção de que está em um bom lugar". Giza ainda fez referência especial à família de Orisvaldo dizendo que os laços de amor e a convivência seria a mesma nutrida por ele. As fotos são de Tito Barbosa.

Do Site de Nill Júnior




Juízes federais querem reajuste salarial de 14,79%


Os juízes federais querem reajuste de 14,79%, a título de reposição de perdas inflacionárias. Atribuem ao Congresso e ao governo "um calote institucional", informa O Estadão. Na última quinta-feira os magistrados deram entrada no Supremo Tribunal Federal (STF) com um processo denominado mandado de injunção coletivo "contra ato omissivo" dos presidentes do Senado e da Câmara, a quem acusam de não colocar em votação o projeto de revisão anual do contracheque da categoria.

O projeto de lei 7.749/2010), que corrige em quase 15% o subsídio dos ministros do STF, tem reflexo sobre os vencimentos de todos os integrantes do Judiciário Federal. A Associação dos Juízes Federais (Ajufe), entidade que ingressou com o mandado de injunção, enfatiza que não faltou disposição aos deputados e senadores para reajustarem seus próprios salários.

O relator da ação no STF é o ministro Joaquim Barbosa."Lamentavelmente o projeto encaminhado pelo STF pende de apreciação pelo Legislativo, numa omissão indicadora de atitude discriminatória contra o Judiciário, presente o fato de que o Congresso, ao findar-se a legislatura anterior, aprovou com celeridade os seus próprios subsídios e os do presidente da República e ministros de Estado, furtando-se de examinar o projeto do Judiciário", argumentam os juízes.

São apenas 2 mil magistrados federais em todo o País, mas o poder de fogo que eles detêm é extraordinário. Por suas mãos passam todas as causas judiciais de interesse da União, como autora ou como ré. Principalmente, na área fiscal o Judiciário federal tem sido grande aliado do Tesouro - em 2009, as varas de execução arrecadaram R$ 9,7 bilhões em cobranças

Amazonino discute com moradora e manda ela 'morrer'


O prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB), discutiu com uma moradora de uma área de risco de desabamento, no domingo, em visita à comunidade de Santa Marta, onde três pessoas morreram no fim de semana em decorrência de um deslizamento. Questionado pela mulher sobre o destino das famílias desalojadas, Amazonino sugeriu que ela 'morresse', informa o Terra.

Em vídeo divulgado no site YouTube, Amazonino aparece falando com moradores sobre a necessidade de deixarem o local. 'O senhor quer nos ajudar como, prefeito?', indaga a moradora. 'Não fazendo casas onde não deve', respondeu Amazonino. 'Mas nós estamos morando aqui, prefeito, porque não temos condições de ter uma moradia digna', retrucou a mulher. 'Minha filha, então, morra, morra!', disse o prefeito.

Em seguida, Amazonino perguntou à moradora em que cidade ela havia nascido. 'Eu sou do Pará', disse. 'Então pronto, está explicado', afirmou o prefeito.

Em nota, a prefeitura afirma que Amazonino foi até a comunidade para ordenar a retirada imediata de todas as famílias residentes em áreas de risco. Segundo a assessoria, os moradores vão residir provisoriamente em casas pagas com o aluguel social, até que a prefeitura consiga uma área definitiva para o assentamento das famílias.

MAGNO MARTINS : "O PAJEÚ AMOU ORISVALDO"


O sertão do Pajeú perdeu, ontem, o ex-deputado Orisvaldo Inácio da Silva (PMDB) aos 72 anos. Nascido em Alagoinha, onde ocorre hoje o seu sepultamento, Orisvaldo, médico vacionado e devotado, nunca imaginou trocar a missão de salvar vidas pela política. Foi o destino que o fez primeiro prefeito de Afogados da Ingazeira e depois deputado estadual. Há uma coisa que nem a morte pode fazer: o poder de apagar o legado dos homens.

Na vida pública, o de Orisvaldo foi servir sem servir-se dos cargos que exerceu. Um bom arquiteto, ao planejar uma casa, presta cuidadosa atenção nos sonhos daqueles que vão nela morar. Orisvaldo cuidou do seu povo, seja como médico ou político, com igual semelhança. Era um homem de trato fácil, humilde, amigo, amante do seu sertão, das coisas simples e belas das suas paragens, como um pôr-do-sol. Com a morte dele virá o silêncio, o vazio. Nascerá em seu lugar a saudade, porque a saudade só floresce na ausência.

Na vida, tudo que a gente ama deseja que permaneça para sempre. Mas tudo que a gente ama existe sob a marca do tempo. Efêmero é o pôr-do-sol, efêmera é a canção, efêmero é o abraço, efêmera é a casa construída para o resto da vida. O Sertão queria Orisvaldo para sempre. Mas a vida é como uma peça. Também tem o seu fim.

Magno Martins - Folha de Pernambuco - 21/02/2011

INALDO SAMPAIO : "ORISVALDO INÁCIO FOI UM GENTLEMAN DA POLÍTICA"


O ex-deputado Orisvaldo Inácio, que morreu sábado à noite no Recife e será sepultado hoje em Alagoinha, sua terra natal, representou junto com Antonio Mariano o município de Afogados da Ingazeira na Assembleia Legislativa durante 12 anos. Era um “gentleman” na acepção literal do termo e marcou sua passagem pela vida pública pela forma lhana com que tratava seus pacientes (era médico), seus adversários e correligionários. E era incapaz de cometer uma grosseria com quem quer que fosse.

A voz mansa e educada foi sua principal marca na Casa de Joaquim Nabuco e na prefeitura de Afogados da Ingazeira, que chefiou de 1989 a 1982 tendo como vice o atual prefeito Antonio Valadares Filho, o “Totonho”, que posteriormente se afastou dele por circunstâncias da política local. Totonho o sucedeu na prefeitura e foi sucedido pela esposa dele, Giza Simões. Mas se desentenderam na sucessão da sucessão (2000) e não mais se reconciliaram. Mas se respeitavam como adversários.

É possível que ele não tivesse a política na cabeça quando chegou a Afogados há 43 anos para exercer a profissão de médico. Mas influenciado pela esposa, de tradicional família de Alagoinha (é sobrinha do ex-deputado Padre Simões), tornou-se prefeito e depois deputado. O principal herdeiro do seu espólio eleitoral não será nenhum dos dois filhos, que se mantêm à margem da política. E sim a mulher que é suplente de deputado pelo PMDB e pré-candidata a prefeita no próximo ano.

Inaldo Sampaio - Folha de Pernambuco .

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Projeto que dificulta censura a biografias retorna à Câmara


O projeto de lei que libera a divulgação de informações de pessoas de notoriedade pública voltou a ser apresentado na Câmara nesta semana. A proposta havia sido arquivada em janeiro por conta do fim da legislatura. O texto altera o Código Civil e pode acabar com embates na Justiça entre artistas e biógrafos.

"Há uma contradição entre o que diz a Constituição, que garante a liberdade de expressão, e o Código Civil, que garante o direito de privacidade", afirmou a deputada Manuela D'ávila (PC do B-RS), que passa a ser a autora do projeto. A proposta havia sido originalmente apresentada por Antonio Palocci, hoje ministro da Casa Civil.O projeto propõe um novo parágrafo, que diz: "A mera ausência de autorização não impede a divulgação de imagens, escritos e informações com finalidade biográfica de pessoa cuja trajetória pessoal, artística ou profissional tenha dimensão pública". A proposta deve passar por pelo menos duas comissões.

Nos últimos anos, uma série de livros teve de sair de circulação após decisões embasadas pelo Código Civil. O artigo 20 prevê a proibição de informações que atinjam "honra, boa fama ou respeitabilidade". O cantor Roberto Carlos e herdeiras de Raul Seixas já usaram a brecha. Consultado três anos atrás por Palocci, Roberto Feith, presidente da editora Objetiva, diz que o Brasil é a única democracia "onde é proibido escrever a verdade sobre os protagonistas da história".

Segundo Feith, um tropeço na redação do Código de 2002 permitiu a onda de processos contra biógrafos. Para ele, a ideia original era proteger anônimos de ter, por exemplo, a imagem usada sem autorização em peças publicitárias. Como o texto não discrimina pessoas públicas e privadas, a "consequência imprevista" foi a censura.
Feith avalia que o maior problema são "as biografias que deixaram de ser escritas" por medo de desgaste em tribunais.

Para o escritor Ruy Castro, que teve problemas com familiares de Garrincha, o artigo não deveria se aplicar a pessoas que têm vida pública. Compara: "Você poderia ser processado por dizer que Hitler era nazista".

Da Folha de S. Paulo

Programa do Ministério do Esporte é desvio financeiro do PCdoB


Principal programa do Ministério do Esporte, comandado por Orlando Silva, o Segundo Tempo, além de gerar dividendos eleitorais, transformou-se num instrumento financeiro do Partido Comunista do Brasil (PC do B), legenda à qual é filiado o ministro. A reportagem do Estado foi conhecer os núcleos do Segundo Tempo no Distrito Federal, em Goiás, Piauí, São Paulo e Santa Catarina. A amostra, na capital e região do entorno, no Nordeste mais pobre ou no Sul e no Sudeste com melhores indicadores socioeconômicos, flagrou o mesmo quadro: entidades de fachada recebendo o dinheiro do projeto, núcleos esportivos fantasmas, abandonados ou em condições precárias.

As crianças ficam expostas ao mato alto e a detritos nos terrenos onde deveriam existir quadras esportivas. Alguns espaços são precariamente improvisados, faltam uniformes e calçados, os salários estão atrasados e a merenda é desviada ou entregue com prazo de validade vencido.

Do Blog do Magno

Júri da morte de cacique em MS acontece nesta semana


O julgamento do assassinato do cacique Marcos Veron deve recomeçar nesta segunda-feira (21). O júri popular foi suspenso em 2010, quando o procurador da República Vladmir Aras abandonou a sessão. As informações são do repórter especial da Folha e blogueiro Frederico Vasconcelos.

Veron foi morto em 2003, quando os índios da aldeia Taquara estavam acampados numa fazenda que reivindicavam como terra indígena. Foram ameaçados por homens armados que espancaram e atiraram nos líderes. Veron, que tinha 78 anos, foi morto a coronhadas.

No júri popular em 2010, o MPF pediu que as testemunhas depusessem em guarani, o que foi negado pela juíza Paula Mantovani. Um interprete da Funai ajudaria as testemunhas na tradução, caso fosse necessário. Vasconcelos explica o caso e conta que Aras não participará do júri nesta semana. "Ele alegou acúmulo de atividades no Ministério Público Federal na Bahia e no Conselho Nacional do Ministério Público", diz o colunista.

Da Folha de S. Paulo

Deputados usam verba de gabinete para pagar parentes


Três deputados estaduais paulistas repassaram a familiares no ano passado parte do dinheiro que seus gabinetes na Assembleia Legislativa recebem para apoiá-los no exercício de seus mandatos.Os três usaram a verba para cobrir despesas com o aluguel de imóveis que pertenciam a seus parentes e onde eles dizem ter mantido escritórios no interior do Estado.

Cada deputado estadual de São Paulo teve direito em 2010 a uma verba de até R$ 20,5 mil para manter escritórios políticos fora da Assembleia, encomendar estudos e contratar consultorias, entre outras despesas. Levantamento feito pela Folha mostra que no ano passado os 94 deputados estaduais paulistas gastaram R$ 17 milhões dos R$ 23 milhões que seus gabinetes estavam autorizados a utilizar com esse tipo de despesa.

OUTRO LADO

Os deputados Pedro Tobias (PSDB), Roberto Massafera (PSDB) e Eli Corrêa Filho (DEM) afirmaram que não veem irregularidade nem desvio ético em repassar a verba de gabinete da Assembleia Legislativa de São Paulo para pagar seus familiares.

Da Folha de S. Paulo

Prefeito de Afogados decreta luto oficial pelo falecimento sábado, no Recife, do ex-prefeito e ex-deputado estadual Orisvaldo Inácio da Silva


1- O prefeito de Afogados da Ingazeira, Totonho Valadares (PSB), decretou luto oficial por três dias,, a contar de hoje, pelo falecimento ontem, no Recife (Hospital Português), do médico, ex-prefeito e ex-deputado estadual Orisvaldo Inácio da Silva.
2- Orisvaldo tinha 73 anos de idade, era natural de Alagoinha, cidade próxima a Pesqueira, e foi vítima de peritonite (inflamação no peritônio que evoluiu para infecção generalizada).
3-Ele era casado com a professora aposentada e também ex-prefeita, Gizelda Gimões, e tinha dois filhos.
4- Orisvaldo se elegeu prefeito em 1988 pela legenda do PMDB, tendo como vice naquela ocasião o engenheiro Totonho Valadares (PSB), que acumulou o cargo com a Secretaria de Infraestrutura.
5- Em 1994 elegeu-se deputado estadual na chapa encabeçada por Miguel Arraes para o Palácio do Campo das Princesas. E renovou o mandato mais duas vezes.
6- O corpo do ex-prefeito e ex-deputado será velado neste domingo em Afogados da Ingazeira e amanhã será sepultado em Alagoinha.
7- “Ele era um homem bom, excelente médico e grande homem público”, disse o médico e ex-prefeito de Iguaracy, Pedro Alves, uma das primeiras pessoas a chegar ao Hospital Português para levar suas condolências à viúva e aos filhos do ex-deputado.
8- O governador Eduardo Campos foi informado da morte de Orisvaldo quando se preparava para deixar sua residência, por volta das 22h do sábado, a fim de participar do “Bal Masqué” no Clube Internacional do Recife.
9- Orisvaldo e sua mulher, Giza Simões, comandavam as forças de Oposição em Afogados da Ingazeira ao atual prefeito, com quem o casal rompeu politicamente na eleição do ano 2000.
10- Naquela época, Totonho pleitou o apoio de Giza para tentar voltar à prefeitura (seu primeiro mandato foi de 1993 a 1996), mas ela, então prefeita, não pôde apoiá-lo porque era candidata à reeleição (e venceu o pleito). Aí se originou o rompimento.
11- Na eleição de 2010 Giza foi candidata a deputada estadual pelo PMDB e tornou-se majoritária no município com cerca de 9 mil votos. Essa votação a credencia a ser candidata em 2012 à sucessão do prefeito Totonho, que deverá ter como candidato o secretário de Articulação Regional José Patriota.

Do Blog de Inaldo

Morte de ex-deputado Orisvaldo Inácio abala o Pajeú


Faleceu ontem, o ex-deputado e ex-prefeito de Afogados da Ingazeira, Orisvaldo Inácio da Silva (PMDB), 72 anos, esposo da também ex-prefeita do município, Gisa Simões. Ele se submeteu a uma cirurgia de hérnia e sofreu infecção não superada no hospital Português, no Recife. O velório será na Câmara de Vereadores de Afogados a partir das 10 horas e o supultamento amanhã em Alagoinha, sua terra natal.

Orisvaldo foi prefeito de Afogados de 1999 a 2002, depois eleito deputado estadual. Ingressou na política após atuar por muitos anos na região do Pajeú como médico. Era um homem carismático, popular e de elevado espírito público. Marcou sua gestão principalmente por uma obra de cunho social. Foi pelas suas mãos que Gisa, sua esposa, acabou entrando na política e também se elegeu prefeita.

Conheci Orisvaldo desde garoto em Afogados da Ingazeira. Tinha espírito conciliador. era prestativo, largo e uma profunda identidade com o povo. Foi graças a essa popularidade que, na oposição, derrotou o médico João Ézio em 98, então apoiado pelo ex-deputado Antônio Mariano.

Orisvaldo era devotado à Medicina e a servir ao povo na sua missão de salvar vidas.Tanto que, após encerrar o seu mandato de deputado estadual, já com a mulher eleita prefeita de Afogados da Ingazeira, voltou ao seu consultório médico e a exercer a profissão com a mesma dedicação e amor da fase anterior ao seu mergulho na política.

Era um homem de bem, amigo, fraterno, servidor do povo e que deixa um grande legado.

Não é o povo do Pajeú que sentirá a sua falta, mas Pernambuco.

Na foto: Orisvaldo e sua Gisa Simões

Do Blog do Magno

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Michel Temer quer mudar regra para a eleição de deputados


O vice-presidente da República, Michel Temer, tenta convencer seu partido, o PMDB, a patrocinar uma reforma política idealizada por ele. E, embora não tenha apoio unânime na própria sigla, já busca outras legendas e entidades sociais para bancar a proposta. Temer defende que a eleição de deputados e vereadores obedeça o mesmo sistema que define a escolha dos ocupantes de cargos majoritários. Ele também prega a abertura de uma janela na regra da fidelidade partidária, que viabilizaria a troca de partido sem punição seis meses antes das eleições.

Pela teoria do peemedebista, se São Paulo tem direito a 70 cadeiras na Câmara dos Deputados, seriam eleitos os 70 candidatos mais bem votados pelo Estado. A tese extinguiria o cálculo do quociente eleitoral, que faz com que campeões de votos em legendas ou coligações "puxem" para o Parlamento candidatos com votações pouco expressivas. Temer trabalha para que o tema seja votado até o fim deste ano prevendo que, em 2012, com as eleições municipais, a pauta do Congresso estará comprometida.

Se comprada pelo PMDB, a tese colocará a sigla em confronto direto com o PT, que defende o voto em lista. No modelo petista, o eleitor votaria no partido e este indicaria, previamente, os candidatos e sua ordem para a ocupação dos cargos. "O voto em lista foi tentado várias vezes e não prosperou. Acho que há uma dificuldade extrema para aprová-lo. Minha proposta se harmoniza com o texto constitucional", afirmou Temer ontem, após apresentar a proposta para a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Questionado se havia informado Dilma Rousseff de seu projeto, Temer disse que sim e que ela achou útil colocar a discussão da reforma política "nesta legislatura".

Após o encontro, Paulo Skaf, presidente da Fiesp, disse que Temer defende uma reforma política "possível" e que atuará para defendê-la. Skaf disputou o governo de São Paulo pelo PSB, mas foi sondado pelo PMDB. "Eu não tenho nada a reclamar do PSB. Mas, na política, você aprende que não é proibido conversar", disse.

POR DANIELA LIMA
Da Folha de S. PAULO

Juíza do Trabalho é condenada por não pagar direitos trabalhistas!É mole?


Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Esse é o lema de muita gente, e parece não ser diferente no caso de alguns juízes do trabalho.

Desta vez foi a Juíza Roberta Correa de Araújo, que foi condenada pelo próprio tribunal onde trabalha, por descontar a contribuição previdenciária do seu motorista, e não repassar ao INSS. Isso teria acontecido por doze anos.

O motorista reclamou e a Juíza foi condenada pela própria colega de Tribunal.

Em um país decente, isso seria demissão na hora. Mas não na Justiça Pindorâmica.

Realmente, sem comentários. Segue a sentença.


SENTENÇA.



Processo nº. 0001393-67.2010.5.06.0017

Reclamante: ALEXSANDRO BRITO BARROS.

Reclamada: ROBERTA CORREA DE ARAÚJO.


Ausentes as partes.

Vistos etc.

ALEXSANDRO BRITO BARROS, devidamente qualificado nos autos, move Ação contra ROBERTA CORREA DE ARAÚJO, alegando que foi admitido pela reclamada em 06.02.1998, na função de motorista particular, percebendo dois salários mínimos. Afirma que a reclamada nunca efetuou os recolhimentos previdenciários, apesar de sofrer descontos em seus salários, mas, não repassados ao INSS encontrando-se prejudicado em seus direitos previdenciários. Requer o reconhecimento da rescisão indireta do contrato de trabalho, a partir de 0l de fevereiro de 2010, em razão da falta de recolhimento da contribuição previdenciária, conforme art. 483 aliena “d” da CLT. Pleiteia o pagamento das verbas rescisórias, bem como, a devolução do valor descontado a título de aviso prévio e multas legais, postulando indenização por nado moral, conforme os fatos e os fundamentos expendidos. Requer o benefício da justiça gratuita, conforme os fatos e os fundamentos ali expendidos. Atribui à causa o valor de R$39.331,20 (trinta e nove mil, trezentos e trinta e um reais e vinte centavos). Junta procuração (fls.09) e documentos (fls.10/15).

A reclamada, notificada regularmente, comparece à audiência inicial. Não houve acordo. Defesa apresentada (fls.20/31), acompanhada de carta de preposição (fls.33) e documentos (fls.34/106).

Não havendo mais documentos a juntar e em face da matéria versada nos autos, foi dispensada a produção de prova oral e encerrada a instrução.

Razões finais remissivas pelas partes.

Proposta de conciliação recusada.

Alçada fixada na inicial.

É o relatório.



FUNDAMENTOS.

Da preliminar de incompetência ex ratione materiale.


A reclamada suscita preliminar de incompetência absoluta da Justiça do Trabalho, em razão da matéria, em relação às pretensões do autor, de comprovação e recolhimentos da contribuição previdenciária.

O art. 114 da Constituição Federal, ao dispõe que, compete à Justiça do Trabalho, processar e julgar: I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta, da União, dos Estados, dos Municípios; II…… VIII a execução de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I – a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes da sentença que proferir.

A Súmula 368 do C.TST, que deu interpretação ao citado preceito Constitucional, determina a limitação da competência para a execução, pela Justiça de Trabalho, dos títulos que foram objeto da condenação em pecúnia, de natureza salarial, sobre os quais incidam a contribuição previdenciária.

Com advento da Lei nº.11.457 de 16.03.2007, que imprimiu nova redação ao parágrafo único do art. 876 da CLT, não há mais dúvida quanto à competência material da Justiça do Trabalho, não apenas para executar as contribuições que derivam dos títulos da condenação sentencial, mas, também, para determinar os recolhimentos da contribuição, em face do reconhecimento do vínculo incidente sobre os salários pagos na vigência do contrato de trabalho, o que vai de encontro ao entendimento da Súmula 368.

Por ilação, em se tratando de contribuição previdenciária sobre os salários pagos na vigência do contrato de trabalho, em atraso, é competente a Justiça do Trabalho para determinar os recolhimentos de responsabilidade do empregador.

Por esses fundamentos, rejeito a preliminar de incompetência absoluta em razão da matéria, suscitada pela defesa.

Da preliminar de ilegitimidade ad causam.

Suscita a defesa preliminar de ilegitimidade do autor para deduzir em juízo pretensão relativa à ausência de recolhimentos previdenciários durante a vigência do contrato de trabalho.

A previdência social é instituída sob a forma de regime geral, em sistema contributivo, com atribuições especificadas na Constituição Federal, visando à cobertura de eventos e de benefícios aos segurados e seus dependentes.

Sendo o empregado segurado obrigatório da previdência social é participante da fonte de custeio, através da contribuição descontada do seu salário mensal, sendo o empregador responsável pelos recolhimentos ao INSS.

Evidenciam-se, portanto, os pressupostos subjetivos para o ajuizamento da ação, em busca dos direitos previdenciários, não adimplidos pela reclamada, na vigência do contrato de trabalho – interesse de agir, legitimidade e possibilidade jurídica dos pedidos.

Rejeita-se a preliminar de carência de ação arguída pela defesa.

Da prescrição quinquenal.


No direito do trabalho opera-se a prescrição no prazo de dois anos após a extinção do contrato de trabalho e, no prazo de cinco anos, a partir da violação dos direitos. (art. 7º, inciso, XXIX da Constituição Federal, e art. 11 da CLT).

No tocante aos pedidos decorrentes de ato único do empregador, e sobre o qual não haja previsão legal, a prescrição é total, conforme entendimento preconizado na Súmula 294 do C.TST.

Cumpre, ainda, observar, que a prescrição que alcança os recolhimentos do FGTS, bem como os recolhimentos previdenciários, é regida por regras próprias, sendo os institutos regulamentados pelas leis nº.8.036/90 e pela Lei nº.8.212/9l.

No presente caso, a pretensão do demandante restringe-se ao pagamento de valores relativos ao INSS descontados do seu salário e não repassados à previdência social.

Trata-se, portanto, de pedidos relacionados ao contrato de trabalho, devendo ser aplicados os prazos da prescrição trabalhista, nos termos dos artigos 7º, inciso XXIX e art. 11 da Constituição Federal.

Nesse caso, não configurada a prescrição bienal, declaro a prescrição parcial, alcançando as pretensões do obreiro anteriores a 19 de outubro de 2005, interrompida pelo ajuizamento da ação em 19 de outubro de 2010.

Com relação à contribuição previdenciária, parcela de natureza tributária, aplica-se a prescrição quinquenal conforme dispõe o CTN, robustecido pela Súmula vinculante 08.

Extingue-se o processo, com resolução do mérito, em relação às pretensões alcançadas pela prescrição (art.269, IV do CPC).

Dos pedidos de comprovação e determinação dos recolhimentos previdenciários sobre os salários pagos na vigência do contrato de trabalho.


A reclamada não comprovou os recolhimentos das contribuições previdenciárias, na vigência do contrato de trabalho, relativos ao reclamante, tendo-se como verdadeira a assertiva da inicial de que não foram efetuados, nas épocas próprias.

Determina-se que a reclamada efetue o recolhimento dos valores descontados do salário do empregado, bem como da sua contribuição, na condição de empregadora doméstica, (8% e 12% sobre o salário de contribuição), mês a mês, através da NIT, com os acréscimos legais, nos termos da legislação específica, comprovando nos autos o cumprimento da obrigação de fazer, após o trânsito em julgado desta decisão.

Observe-se a prescrição quinquenal (CTN).

Oficie-se o INSS.


Da rescisão indireta do contrato de trabalho.


O reclamante pretende a declaração da rescisão indireta do contrato de trabalho ao fundamento de descumprimento das obrigações contratuais, pela empregadora, no que diz respeito ao recolhimento da contribuição previdenciária, a fim de fazer jus aos benefícios previdenciários que lhes são garantidos, o que enseja a justa causa da rescisão contratual, capitulada no art. 483, alínea “d” da CLT.

É certo que o descumprimento das obrigações contratuais pela empregadora caracteriza a justa causa da rescisão do contrato de trabalho, gerando para o empregado o direito ao pagamento das verbas rescisórias, como se demitido fosse.

Dispõe a lei que, para a busca da declaração judicial da rescisão do contrato de trabalho indireta, o empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização, permanecendo ou não nos serviços até o final da decisão do processo.

No caso dos autos, o reclamante não se utilizou do procedimento adequado para pleitear a rescisão indireta do contrato de trabalho, sob as alegações ora trazidas aos autos. Ainda que os motivos ora alegados sejam relevantes para a caracterização da justa causa, por descumprimento de obrigação contratual pela demandada, não se evidenciam os elementos do nexo causal e da imediatidade, entre a falta grave e o pedido de desligamento do emprego.

Restaram confirmado pelo reclamante as alegações da defesa de que ele exercia atividade comercial, paralelamente ao contrato de trabalho, e que, atualmente, permanece trabalhando, por conta própria, concluindo-se que houve êxito em seu negócio. Depreende-se desses fatos a legitimidade do pedido de demissão, por interesse particular do empregado, não havendo nexo com o fato de descumprimento das obrigações previdenciárias pela demandada.

Acrescente-se, ainda, que, após oito meses do desligamento do emprego a pedido, vem o reclamante a Juízo, pretendendo reverter o ato praticado espontaneamente, em rescisão indireta do contrato, o que não é razoável, ainda que os fatos alegados digam respeito à violação contratual.

Improcedente a pretensão de reconhecimento da rescisão indireta do contrato de trabalho.


Da devolução do aviso prévio em dobro.


O desligamento voluntário do empregado restou evidenciado, pelo que se obriga a conceder ao empregador o aviso prévio de 30 dias, sob pena de gerar para o empregador o direito de descontar do salário o valor correspondente ao prazo respectivo (§ 2º, do art. 487 da CLT).

Não se revertendo o pedido de demissão em rescisão indireta do contrato, como é pretensão do autor, tenho que o desconto do salário, referente ao aviso prévio, não concedido pelo empregado, é legal, não havendo razão para a devolução em dobro, como postulada. Improcedente o pedido.


Da devolução dos valores descontados dos salários correspondentes aos recolhimentos da contribuição previdenciária de todo o contrato de trabalho.


Os descontos dos salários relativos à contribuição previdenciária, são legais, devendo reverter em favor da autarquia federal. Improcedente a devolução.


Da indenização por dano moral.


O reclamante alega que foi vítima de dano moral, nos doze anos de vigência do contrato de trabalho, por ter sofrido desconto da contribuição previdenciária, sem o devido repasse ao INSS.

O dano moral pressupõe dano imaterial, o que se configura pela lesão a direito personalíssimo, por ofensa à honra, à integridade física, à imagem profissional e à dignidade do trabalhador.

No caso dos autos, o pedido de dano moral está fundamento em lesão a direito contratual e à obrigação legal previdenciária, que resultam em dano patrimonial, podendo ser reparado de forma específica, com a regularização do débito previdenciário, havendo previsão no sistema jurídico das punições por infrações cometidas.

Alega, ainda, a falta de proteção pela previdência social, entretanto, não faz prova do dano efetivo, em face da negação de direito previdenciário, em decorrência da irregularidade cometida pela empregadora.

“A reparação por danos morais demanda prova segura de que o empregador praticou ato lesivo à honra e à dignidade do empregado, fazendo-se necessário ainda, a existência dos pressupostos concernentes à existência do dano e ao nexo de causalidade entre o dano e a ação que o produziu, o impulso do agente (ação ou omissão) e o resultado lesivo. No caso em tela ainda que se admitisse provado o ato ilícito cometido pela empregadora, de lhe ser imputado a prática de desvio de numerário, sem a prova do dano efetivo, não se pode falar em responsabilidade civil, pois o ônus de provar a existência de uma ação causadora do dano incumbe ao prejudicado e o Reclamante não cuidou de trazer aos autos prova da efetividade do dano, o prejuízo, já que, ao contrário do que vinha defendendo ao longo do processo, o alegado ato ilícito da empregadora não o impediu de conseguir novo emprego, sequer existindo provas nos autos da repercussão do fato, que poderia ofender a sua honorabilidade, a sua imagem, o seu crédito ou bom nome profissional. Recurso Adesivo a que se nega provimento no particularEmenta (segunda parte) do Acórdão no Recurso Ordinário – Ac. TP. No. 3391; 2001 –” RECURSO ORDINÁRIO DO RECLAMANTE. DANO MORAL.

Inexistente a comprovação do dano moral, não se obriga à reclamada a pagar indenização. Improcedente o pedido.

Do acréscimo de 50% sobre verbas incontroversas, nos termos do art. 467 da CLT.


O preceito do art. 467 da CLT, determina o acréscimo de 50% sobre parcelas rescisórias confessadas pela reclamada, não quitadas na primeira audiência.

Vê-se, claramente, que as disposições do citado preceito legal não se aplicam ao caso concreto, eis que nem mesmo há pretensão, na inicial, de pagamento de qualquer verba rescisória.

Depois, não há que se falar em acréscimo de 50% sobre outros títulos postulados, ainda mais quando os direitos são controvertidos. Improcedente o pedido.


Da multa do art. 477 da CLT.


Suscita a reclamada inépcia, em relação ao pedido de multa do art. 477 da CLT, por ausência da causa de pedir.

Em que pese não ter o reclamante indicado a causa de pedir, deve o juízo, aplicando a subsunção, enquadrar a situação dos autos aos dispositivos de lei e apreciar o pedido, afastando, assim, a inépcia. Rejeito a preliminar.

A relação de trabalho de natureza doméstica, regida por lei específica (Lei nº.5.859 de 1972), não são aplicáveis os preceitos da Consolidação das Leis do Trabalho, a não ser quando aos direitos estendidos aos empregados domésticos, inseridos no parágrafo único do art.7º, da Constituição Federal.


Sendo a multa prevista na Consolidação das Leis do Trabalho natureza punitiva, deverá ser aplicada aos casos de relação de trabalho regida pelas normas gerais trabalhistas, onde não se situa o contrato de trabalho doméstico. (art.8º. da CLT).

Improcedente.


Dos juros e correção monetária.


Inexistindo condenação não há que se falar em juros de mora e correção monetária. Prejudicados os pedidos.


Do benefício da Justiça Gratuita.

O reclamante requer o benefício da Justiça Gratuita, declarando que não dispõe de meios econômicos para custear as despesas processuais, com fundamento na Lei nº.l.060/50.

Defere-se o benefício da justiça gratuita, com fulcro no §3º, do art.790 da Consolidação das Leis do Trabalho, com a redação dada pela Lei nº. 10.537, de 27.08.02. A isenção abrange as custas processuais, nos termos do art.789-A e os emolumentos de que tratam o art.789-B da CLT.

CONCLUSÃO.

Face ao exposto e considerando-se o mais que dos autos consta, decido: rejeitar as preliminares de incompetência absoluta e carência de ação suscitadas pela reclamada; e, no mérito, julgar PROCEDENTE EM PARTE A AÇÃO, movida porALEXSANDRO BRITO BARROS contra ROBERTA CORREA DE ARAUJO, para condenar a reclamada no cumprimento da obrigação de fazer referente ao recolhimentos das contribuições previdenciárias do período imprescrito, conforme os fundamentos supra.

Custas pela reclamada, no importe de R$ 786,62 (setecentos e oitenta e seis reais e sessenta e dois centavos), calculadas sobre R$39.331,20 (trinta e nove mil trezentos e trinta e um reais e vinte centavos), valor estimado à causa na inicial.

Intimem-se as partes.

Recife, 08 de outubro de 2010.

Lígia Maria Valois A. de Abreu

Juíza Titular da 17aVT/Recife


Do Acerto de Contas

Vereador Li fala a população de Sanharó e região


Amigos, amigas, familiares, eleitores e sanharoenses, como Vereador do município, pessoa pública venho esclarecer alguns fatos ocorridos recentemente na política local, que se diz respeito a minha pessoa. Primeiramente venho esclarecer que em 10 de dezembro de 2010, fui eleito por unanimidade pelos vereadores para ocupar o cargo de Presidente da Câmara Municipal, e tomei posse no mesmo dia, assumir a gestão em 01 de janeiro de 2011, para o biênio 2011-2012, ao assumir os trabalhos na casa legislativa, encontrei com algumas irregularidades, como principal fator a questão administrativa, onde funcionários tinham sido efetivados através de portaria, recebiam gratificação por tempo de serviço e qüinqüênio, e infelizmente nenhum desses funcionários poderiam ser efetivados por lei e não podiam receber tais benefícios, além da lei que cria a Estrutura Administrativa da câmara ser inconstitucional, como também a lei que regulamenta o Controle Interno, dentre outras irregularidades. Tentei regularizar a situação, convoquei os vereadores e apresentei a Lei que regulamenta a Estrutura Administrativa e o Controle Interno da câmara, foi aprovado por unanimidade por 8 (oito) vereadores, e foi encaminhado para o Prefeito sancionar, onde o mesmo com frágeis argumentos vetou o projeto, prejudicando a regulamentação do Poder Legislativo. Durante o mês de janeiro e fevereiro, venho passando juntamente com minha família de perseguição e de um grande terrorismo emocional por parte do prefeito e seu grupo, grupo a qual eu fazia parte e durante 9 anos ajudei e contribuir muito, e sem motivo algum venho sendo bombardeado, em nenhum momento sinalizei sair do grupo, agora o prefeito tentou intervir no poder legislativo, um poder independente no qual como gestão não irei deixar isso acontecer, porque são poderes independentes e enquanto estiver na vida pública não me renderei a manipulações, intervenções e perseguições. E por não aceitar algumas intervenções do prefeito na câmara, primeiramente vetou um projeto importante para o legislativo, e coincidentemente por perseguição política venho juntamente com minha família sofrendo por retaliações e perseguições, além de iniciaram por parte do prefeito e seu grupo uma campanha de difamação contra minha pessoa, além de tentativas de anular ou cassar a eleição na qual fui eleito presidente da câmara, tudo isso porque não seguir suas orientações e recomendações em minha gestão na Câmara. Primeiro quero dizer que meu compromisso político continuar firmado com Sanharó e seu povo, apesar da decepção política por quem tanto fiz, a vida continua, com a lei dos homens seguirei firme e com a lei de deus forte para continuar servindo Sanharó, e agora com mais firmeza e experiência. “Sanharó, veras que um filho teu na foge a luta” Legislando e Fiscalizando para moralizar Sanharó.

Vereador Li, Presidente da Câmara Municipal de Sanharó

E o pau quebrou na Câmara em Sanharó


Cumprindo determinação do CMT da 8ª CIPM, um contingente, foi deslocado até a cidade de Sanharó, a fim de garantir a ordem pública daquela cidade. Em uma sessão ordinária da Câmara de Vereadores, onde tomaria posse o novo presidente daquela casa, no local ocorreu intensas divergências, envolvendo o Presidente substituído, o Sr. Ricardo Alexandre Galvão Didier e o substituto Lielson Arislan Pontes Batista, que culminou na assunção do Vice-Presidente, Antônio Holanda Valença, tendo tal procedimento gerado insatisfação e discordância entre as partes, inclusive tendo o Sr. Lielson Arislan Pontes Batista, se negado a entregar as chaves daquela casa e diante do exposto, os envolvidos foram conduzidos até a DEPOL da cidade de Belo Jardim, onde foram apresentados a presença da autoridade policial competente para medidas cabíveis.


Fonte: Paredão do povo de Belo Jardim

A volta da CPMF



Para o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, a intenção do governo de recriar a cobrança da CPMF é “pura tentativa de golpe”. Essa questão foi lançada, segundo Ophir, como uma ação articulada entre os eleitos para jogar nas costas dos contribuintes a irresponsabilidade pela gestão pública. “Não se falou desse tema durante a campanha sucessória”, afirma.

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